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A Inteligência Artificial é um tópico que está gerando bastante discussão e divergência entre as pessoas, principalmente sobre seu uso no ambiente de trabalho. Afinal, é muito comum que exista medo e receio da parte de muitos trabalhadores de que a ferramenta tome seus lugares e roube seus empregos. E com um avanço tão grande em tão pouco tempo, quem pode julgá-los?
No entanto, quando falamos da gestão de pessoas, posso garantir que isso dificilmente vai acontecer em um futuro a longo prazo e o motivo para a minha afirmação é mais simples do que você imagina: uma máquina, por mais moderna e complexa que seja – com os mais variados recursos -, nunca será capaz de ter a mesma tratativa com os outros do que nós, seres humanos. Além disso, acho que o uso da tecnologia vai deixar mais escancarada a necessidade de sermos mais humanos e como precisaremos melhorar nossas relações.
Enquanto gestores, temos um papel de grande responsabilidade para com o nosso time, exercendo uma liderança assertiva sobre eles. Por isso, é nosso dever ajudar, explicar e orientar, para que possam realizar seus trabalhos da melhor maneira possível, entregando cada vez mais performances de qualidade, pois saberão exatamente o que precisam fazer e estarão com as respostas necessárias para isso.
Uma Inteligência Artificial poderia dar instruções? Claro que sim, isso é algo básico e até óbvio para as máquinas. Porém, a IA não está no nosso dia a dia, não conhece a rotina da empresa e muito menos os desafios do negócio, então quando surgem eventuais erros no caminho, é preciso das pessoas que conhecem todos os funcionamento das operações para resolvê-los de forma eficaz. Em um mundo hiper conectado, bem mais que agora, talvez ela consiga suprir parte disso, mas isso levará muito tempo.
Por outro lado, cabe a nós – gestores e colaboradores – conseguirmos tirar o lado positivo da ferramenta, utilizando-a a nosso favor e otimizando os processos da gestão a partir dos recursos que são disponibilizados. Por exemplo, podemos automatizar tarefas repetitivas por meio da IA, o que vai nos dar mais tempo para pensarmos no plano de execução da estratégia, trabalhando por resultados, que acredito ser o melhor caminho.
O problema é que, hoje em dia, com recursos como o ChatGPT, é fácil querer burlar as regras e pedir para que a IA faça o seu trabalho. Porém, você estará sendo ingênuo e nada profissional em acreditar que sua atitude não será descoberta, fora o fato de corroborar com a tese de que uma máquina “pode fazer sua função”. Seja esperto e vá além do óbvio, use a IA para pedir sugestões e opiniões sobre onde melhorar.
Segundo uma análise realizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), cerca de 41% dos empregos no Brasil têm alta exposição à Inteligência Artificial. E a tendência é que esse número aumente com o passar dos anos, conforme a tecnologia avança quase todos os dias, então temos que aproveitar esse tempo para nos atualizarmos, nos aprimorarmos e assim dominarmos a ferramenta.
Já estamos vendo perguntas sendo feitas por IA e respostas geradas por IA. Descrição de vagas feitas por IA, processo de filtro feito por IA e de currículos gerados por IA. Estamos correndo atrás do rabo? Aqui vale uma reflexão sobre a importância de aprendermos sobre a tecnologia, mas ao mesmo tempo termos noção de que não devemos ser reféns dela.
Por Pedro Signorelli, um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/
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