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A Oi (OIBR3) não fará pré-pagamento com desconto de 55% dos créditos concursais quirografários.

imagem padrao gdi
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A Oi informou ao mercado nesta manhã (27) que não fará pré-pagamento com desconto de 55% dos créditos concursais quirografários.

Segundo comunicado divulgado ao mercado pela companhia, não foi alcançado valor positivo no cálculo da Receita Líquida dos Eventos de Liquidez e, portanto, não foram atendidos os requisitos previstos no Aditamento ao PRJ para realização de tal pré-pagamento, cujo prazo se encerra no último dia útil deste exercício fiscal de 2022.

Os créditos quirografários são aqueles que decorrem somente do simples encontro de vontade entre as partes, tendo como garantia a simples promessa do devedor de que, no vencimento, vai adimplir a obrigação, e se diferencia basicamente do crédito real, que tem um bem em garantia para o caso de inadimplência.

O fim da RJ da Oi

Acabou a novela. Após anos de reestruturações e processos judiciais, a 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou no dia 14/12, o fim do processo de recuperação judicial da Oi (OIBR3; OIBR4).

Na decisão de hoje, o juiz Fernando Viana declarou que todas as obrigações da empresa carioca foram cumpridas. A empresa, que nasceu com a intenção de ser uma supertele nacional, entrou em recuperação judicial em 2016 com dívidas de R$ 65 bilhões e 55 mil credores, uma das maiores da história do país.

A Oi vendeu sua operação de telefonia móvel para as rivais Claro, Vivo e TIM. Foram vendidos ainda as operações de torres, TV por assinatura e metade de sua operação de fibra óptica para os fundos do BTG.

“Com o encerramento da recuperação judicial, e composição de seu bilionário endividamento, a gigante de telecom nacional ingressa hoje em sua nova fase, focada em modernos serviços digitais, com perspectiva de ser importante gerador de caixa e de empregos, de relevante atuação social – situação diametralmente oposta quando do ingresso da recuperação”, destacou Viana em sua decisão.

Em outubro, o Banco BTG Pactual revisou sua tese de investimento na Oi (OIBR3).Atualizando o modelo e rebaixando a ação para “neutro”.

“Nosso preço-alvo revisto derivado do fluxo de caixa descontado de R$ 0,40 reflete o atraso na conclusão das vendas de ativos (prejudicando sua posição de caixa), um custo de capital mais alto, estimativas de crescimento mais baixas no segmento da ClientCo e resultados piores do que o esperado das negociações da Anatel e da venda da empresa de infraestrutura e ativos móveis.”

compartilhou o Banco BTG

De acordo com o banco, apesar da previsão de queda do Capex após as vendas realizadas, o consumo de caixa ainda deve ser alto por alguns anos. O BTG destacou os principais pesos para o fluxo de caixa da empresa:

  • investimentos para modernizar os sistemas e ajustar sua estrutura corporativa;
  • despesas relacionadas a depósitos judiciais e passivos de fundos de pensão;
  • despesas financeiras volumosas.
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