
Conflito Israel-Hamas e dados econômicos dos EUA afetam bolsas em NY; Ibovespa também registra queda.
O agravamento do conflito entre Israel e Hamas teve um impacto negativo nos mercados financeiros globais, levando a perdas significativas em Wall Street. Além disso, as preocupações com a política monetária do Federal Reserve foram acentuadas pelos dados fortes de varejo e indústria dos Estados Unidos divulgados anteriormente.
A incerteza em relação à decisão do Fed sobre o aperto monetário na próxima reunião pesou sobre o sentimento dos investidores.
A situação piorou ainda mais com a divulgação do Livro Bege, que revelou que a atividade econômica em muitos distritos dos EUA permaneceu praticamente inalterada. Isso aumentou os temores de uma desaceleração econômica. Em resposta a esses eventos, o índice Dow Jones caiu 0,98%, o S&P500 recuou 1,34%, e o Nasdaq perdeu 1,62%.
Impacto do conflito no Oriente Médio e dados econômicos dos EUA afetam os mercados financeiros
O agravamento do conflito entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza teve repercussões globais nos mercados financeiros, com investidores preocupados com a escalada da violência na região e suas implicações geopolíticas.
A incerteza em relação à situação no Oriente Médio fez com que os investidores buscassem ativos mais seguros, resultando em quedas significativas nas bolsas de valores dos Estados Unidos.
Em Nova York, as bolsas de valores enfrentaram um dia de perdas substanciais. O índice Dow Jones, que representa as ações das 30 maiores empresas dos EUA, caiu 0,98%, fechando aos 33.665,08 pontos. O S&P500, que inclui uma ampla gama de empresas, recuou 1,34%, encerrando o dia com 4.314,60 pontos, enquanto o Nasdaq, que é composto principalmente por empresas de tecnologia, perdeu 1,62%, fechando em 13.314,30 pontos.
Além do conflito no Oriente Médio, os investidores também estavam atentos aos dados econômicos divulgados anteriormente nos EUA. Os números positivos de varejo e indústria geraram preocupações sobre a possibilidade de o Federal Reserve, o banco central dos EUA, optar por um aperto monetário mais rápido do que o esperado. Essas preocupações adicionaram pressão às bolsas de valores.
A situação se deteriorou ainda mais com a divulgação do Livro Bege, um relatório que fornece uma visão geral das condições econômicas nos diversos distritos dos Estados Unidos. O relatório indicou que a maioria dos distritos relatou pouca ou nenhuma mudança na atividade econômica, aumentando os temores de uma desaceleração econômica.
No mercado de títulos, os rendimentos dos Treasuries avançaram, refletindo a busca por ativos considerados mais seguros em momentos de turbulência nos mercados de ações. O juro do T-bond de 30 anos subiu para 4,989%, de 4,9301% no dia anterior.
O ambiente global de aversão ao risco teve um impacto significativo nos mercados financeiros, afetando não apenas Wall Street, mas também as bolsas de valores em todo o mundo.
Tensões no Oriente Médio e impasses políticos nos EUA e Brasil impulsionam o dólar para cima
O mercado financeiro internacional e brasileiro viveu um dia de cautela e aversão ao risco, resultando em um avanço do dólar em relação a outras moedas. Vários fatores contribuíram para essa tendência de alta da moeda norte-americana.
No cenário internacional, as preocupações se concentraram principalmente no Oriente Médio, após o ataque a um hospital em Gaza. Esse incidente aumentou as tensões na região, colocando os investidores em alerta. Além disso, o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de um “pacote de defesa sem precedentes a Israel” e um apoio humanitário de US$ 100 milhões para a Faixa de Gaza, gerou incertezas quanto às finanças públicas dos EUA, que precisam aprovar seu orçamento até novembro para evitar um “shutdown”. No entanto, a escolha de um novo líder para a Câmara dos Representantes tem sido motivo de impasse nas votações, o que levanta preocupações em relação ao risco fiscal nos EUA.
No âmbito doméstico, o Brasil também enfrentou seus próprios desafios econômicos. O adiamento da votação do projeto de tributação de fundos exclusivos e offshore contribuiu para um ambiente de aversão ao risco nos mercados locais. Esses atrasos em pautas econômicas no Congresso brasileiro representam um obstáculo para os planos do governo de atingir um déficit fiscal zero até 2024.
Como resultado desses fatores, o dólar à vista fechou o dia com um aumento de 0,38%, atingindo a marca de R$ 5,0545.
O dólar futuro para novembro também registrou um pequeno avanço, refletindo a preocupação dos investidores com a instabilidade tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Essa dinâmica ressalta a importância de acompanhar de perto os desenvolvimentos políticos e econômicos internacionais que continuam a influenciar os mercados globais.