Alta Bancária

Ações do Itaú (ITUB4) atingem máxima histórica e puxam otimismo no setor bancário

Ações do Itaú atingem valor histórico de R$ 32,78. Banco lidera alta no setor com lucro recorde e atrai fluxo de investidores institucionais.

Ações do Itaú (ITUB4) atingem máxima histórica e puxam otimismo no setor bancário
  • Valorização de 18% no ano impulsionada por lucro recorde e confiança do mercado.
  • BTG, XP e Genial projetam preço-alvo entre R$ 36 e R$ 38.
  • Itaú se destaca pela consistência operacional e estratégia de longo prazo.

As ações preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB4) atingiram na última quarta-feira (26) sua máxima histórica na B3, fechando o pregão cotadas a R$ 32,78. Com isso, o papel acumulou alta de 18% no ano e se consolidou como um dos principais destaques do setor financeiro em 2025.

O movimento reflete a confiança crescente dos investidores na gestão do banco, no seu desempenho operacional e nas perspectivas para o mercado financeiro nos próximos meses. O bom momento do Itaú também influencia os demais bancos do setor, puxando o índice financeiro da bolsa brasileira.

Desempenho operacional sólido impulsiona valorização

Nos últimos meses, o Itaú Unibanco apresentou números robustos em seus balanços. O banco divulgou um lucro líquido recorrente de R$ 35,6 bilhões em 2024, o maior já registrado por uma instituição financeira privada no país.

Ademais, esse resultado veio acompanhado de melhora na eficiência operacional e aumento da rentabilidade sobre o patrimônio (ROE). Com isso, investidores reforçaram suas posições no papel, impulsionando a cotação.

Além disso, o Itaú manteve controle sobre a inadimplência, mesmo em um cenário ainda desafiador para o crédito. Os analistas avaliam que o banco acertou na estratégia de concessão seletiva, priorizando clientes com menor risco.

Confiança do mercado atrai fluxo de capital

Gestoras nacionais e estrangeiras ampliaram a exposição ao Itaú desde o início do ano. De acordo com dados da B3, fundos institucionais aumentaram a posição em ITUB4 em fevereiro e março, o que ajudou a sustentar o rali recente.

Nesse sentido, a leitura positiva do mercado se deve também à expectativa de uma política de juros mais previsível ao longo de 2025. O Itaú deve se beneficiar da estabilidade do cenário macroeconômico, sobretudo com a sinalização do Banco Central de que o ciclo de cortes da Selic seguirá gradual e responsável.

Portanto, a ação do banco surge como opção segura em meio à volatilidade que ainda persiste em outras frentes do mercado.

Setor bancário vive momento de recuperação

Embora o Itaú seja o grande destaque, outros bancos também registraram avanço nas cotações em março. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) tiveram semanas de valorização moderada, mas constante.

O otimismo com o setor bancário vem se reforçando após anos de desempenho mais fraco frente a empresas de tecnologia, varejo e energia. Agora, com a economia mais estável, os bancos voltam a atrair atenção dos investidores por sua capacidade de gerar caixa e distribuir dividendos.

O movimento também encontra respaldo no apetite por ações que oferecem previsibilidade de lucro, algo que o Itaú tem entregue de forma consistente.

Analistas projetam espaço para mais valorização

Corretoras como BTG Pactual, XP e Genial Investimentos revisaram recentemente as projeções para o papel. Em relatórios publicados neste mês, as casas recomendaram compra das ações, com preço-alvo entre R$ 36 e R$ 38, dependendo da metodologia adotada.

Segundo os analistas, o Itaú ainda possui espaço para subir, considerando o bom momento operacional e a perspectiva de aumento na distribuição de dividendos nos próximos trimestres.

Eles também destacam o papel da digitalização dos serviços como um diferencial competitivo. O banco lidera iniciativas de transformação tecnológica no setor, o que reduz custos e melhora a experiência do cliente.

Dividendos atraem investidores de longo prazo

Com o resultado recorde de 2024, o Itaú aprovou uma distribuição de R$ 2,7 bilhões em dividendos adicionais neste primeiro trimestre de 2025. Essa notícia fortaleceu o interesse de investidores que buscam retorno recorrente em renda variável.

Nos últimos anos, o banco tem mantido uma política de remuneração sólida, o que o torna um dos papéis preferidos entre os fundos de dividendos. Essa consistência reforça a atratividade da ação mesmo para investidores mais conservadores.

Além disso, o papel figura entre os mais líquidos da bolsa, o que facilita a entrada e saída do investidor e atrai ainda mais volume.

Luiz Fernando
Estudante de Jornalismo, apaixonado por esportes, música e cultura num geral.