- Rafael Grisolia foi nomeado CEO da ALE, substituindo Fulvius Tomelin, com foco em expandir a empresa e melhorar sua governança
- Grisolia planeja conquistar donos de postos independentes e oferecer produtos premium para aumentar a competitividade da ALE no mercado
- A ALE ocupa a quarta posição no mercado, com 3% de participação, e enfrenta dificuldades para capturar sinergias devido à fragmentação do setor
- Alexandre Iglesias foi contratado como novo CFO da ALE, sucedendo Mauricio Pane, para fortalecer a estrutura financeira da empresa durante sua expansão
A ALE Combustíveis anunciou, nesta semana, a nomeação de Rafael Grisolia como seu novo CEO. Assim, substituindo Fulvius Tomelin, que comandou a empresa por seis anos. Grisolia, que possui 35 anos de experiência no mercado de distribuição de combustíveis.
Contudo, em uma trajetória de destaque no setor, incluindo passagens como CEO da Vibra (antiga BR Distribuidora), CFO da Petrobras e tesoureiro da ExxonMobil, onde acumulou duas décadas de atuação.
O novo CEO foi claro ao expressar sua intenção de dar continuidade ao trabalho iniciado por Tomelin. E, ao mesmo tempo em que busca levar a ALE a um novo patamar em termos de governança e expansão de negócios.
“Queremos continuar o que foi iniciado na gestão anterior e colocar a empresa num outro patamar de governança e expansão de negócios”, afirmou Grisolia.
Presença no mercado
Seu foco está em fortalecer a presença da empresa no mercado nacional, com um plano ambicioso de conquistar donos de postos que ainda não operam sob uma bandeira. Assim, oferecendo produtos premium e um atendimento diferenciado, com o objetivo de ampliar a competitividade da ALE no setor.
Embora a ALE esteja entre as três maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, Grisolia destacou que a empresa ocupa a quarta ou quinta posição no ranking. ainda, com uma participação de mercado em torno de 3%.
As líderes de mercado são Vibra, Raízen e Ipiranga, que juntas detêm aproximadamente 60% do setor. O mercado de combustíveis no Brasil é fragmentado, com cerca de 150 empresas disputando a fatia restante.
Apesar da pulverização do mercado, Grisolia alertou que as oportunidades de consolidação não são tão evidentes. Principalmente porque é difícil capturar sinergias significativas sem operações relevantes em todo o País.
A ALE possui uma presença mais forte em estados como Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Maranhão, Goiás e Santa Catarina.
Faturamento
Em 2023, a empresa faturou cerca de R$ 11 bilhões, e Grisolia projeta um crescimento substancial para este ano. No entanto, com expectativas de alcançar R$ 15 bilhões em receita.
A companhia foi adquirida pela Glencore em 2018, após a aprovação do Cade, que vetou a venda para o grupo Ultra. Essa mudança de controle acionário abriu novos caminhos para a ALE. No entanto, que busca se consolidar como um dos principais players do mercado de combustíveis no Brasil.
Além da mudança na presidência, a ALE também anunciou a contratação de Alexandre Iglesias como seu novo CFO. Dessa forma, substituindo Mauricio Pane, que está deixando a companhia.
Iglesias traz uma vasta experiência na área financeira, com passagens por empresas de grande porte como Shell, ExxonMobil, Votorantim e Drogaria São Paulo. E, portanto, será responsável por fortalecer ainda mais a estrutura financeira da ALE durante este período de expansão e transformação.
Nova diretoria
O novo ciclo de liderança da ALE ocorre em um momento de grandes desafios e oportunidades para o setor de combustíveis no Brasil. Contudo, que enfrenta uma crescente demanda por produtos mais sustentáveis e eficientes.
Além de uma concorrência acirrada entre as distribuidoras. A gestão de Grisolia se concentrará em consolidar a posição da empresa no mercado. E, ao mesmo tempo em que busca inovação e aprimoramento dos serviços oferecidos aos seus clientes.
Com um novo CEO e a contratação de executivos com forte background no setor, a ALE está posicionada para expandir suas operações e aumentar sua participação de mercado nos próximos anos.
A expectativa é que a companhia, sob a liderança de Grisolia, continue sua trajetória de crescimento, ao mesmo tempo em que se adapta às mudanças e desafios do setor de distribuição de combustíveis no Brasil.