Níveis preocupantes

Aluguel tem alta na inadimplência: segundo maior nível desde junho de 2024

A taxa de inadimplência no pagamento de aluguéis e condomínios permanece em níveis preocupantes no início de 2025.

Aluguel residencial - Design by Freepik
Aluguel residencial - Design by Freepik
  • Norte lidera taxa de inadimplência com 6,77%, enquanto Sul tem a menor com 2,77%
  • Despesas como IPVA e matrículas escolares pressionam o orçamento familiar, afetando o pagamento de aluguéis
  • Imóveis comerciais têm taxas de inadimplência mais altas que residenciais, com destaque para faixas de menor valor

Um recente monitoramento realizado pela Superlógica, envolvendo 800 mil imóveis, mostrou que a taxa de inadimplência no pagamento de aluguéis e condomínios permanece em níveis preocupantes no início de 2025.

Apesar de uma leve queda de 0,02 ponto percentual em janeiro, o índice de atrasos ainda reflete as dificuldades financeiras enfrentadas pelas famílias brasileiras.

Este artigo analisa os dados regionais, os impactos dos gastos de início de ano e as projeções para o mercado imobiliário.

A região Norte liderou a taxa de inadimplência em janeiro, com 6,77%, seguida pelo Nordeste (5,26%), Centro-Oeste (3,93%), Sudeste (3,07%) e Sul (2,77%).

No comparativo com janeiro de 2024, houve uma leve retração de 0,12 ponto percentual nos atrasos, saindo de 3,56% para 3,44%. Apesar da melhora, o índice ainda é o segundo maior desde junho de 2024. Dessa forma, indicando que a situação financeira das famílias continua pressionada.

Gastos de início de ano

Manoel Neto, diretor de negócios para imobiliárias da Superlógica, explica que os gastos extras de fim de ano, como compras de Natal e viagens. Além de despesas como IPVA, IPTU e matrículas escolares, têm um impacto significativo no orçamento familiar.

Esses custos, no entanto, reduzem a capacidade de pagamento do aluguel, que, apesar de ser uma despesa essencial, acaba sendo afetado. A inadimplência locatícia serve como um alerta para a saúde econômica da população.

Diferenças entre tipos de imóveis

O estudo também revelou diferenças significativas na taxa de inadimplência entre tipos de imóveis. Apartamentos tiveram uma taxa de 2,33% em janeiro, enquanto casas registraram 3,75%. Em 2024, os imóveis comerciais tiveram taxas de inadimplência mais altas do que os residenciais.

Superlógica

Apesar da leve queda na taxa de inadimplência em janeiro, o cenário ainda é preocupante, especialmente diante das projeções de aumento na inflação e nas taxas de juros.

A Superlógica continua monitorando o mercado para fornecer insights que ajudem a entender as tendências e os desafios enfrentados pelas famílias e pelo setor imobiliário.

A moradia, como necessidade básica, reflete diretamente a saúde financeira da população. Além dos dados atuais indicam que ainda há um longo caminho a percorrer para a recuperação econômica.

Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ
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