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Americanas adia divulgação de balanço devido a investigações

A Americanas adiou a divulgação dos resultados do exercício de 2023 e do primeiro trimestre de 2024, devido à conclusão das investigações.

Imagem/Reprodução Americanas
Imagem/Reprodução Americanas
  • A Americanas anunciou o adiamento da divulgação de suas demonstrações financeiras
  • A empresa planeja agora apresentar os resultados revisados em 14 de agosto de 2024
  • Esse adiamento tem por objetivo permitir que os auditores da Americanas revisem minuciosamente as informações apresentadas

A Americanas (AMER3) anunciou recentemente que, em decorrência da conclusão das investigações realizadas pelo Comitê Independente, decidiu adiar a divulgação de suas demonstrações financeiras. Estas referentes ao exercício social de 2023, assim como as informações do primeiro trimestre de 2024. Que inicialmente deveriam ser publicadas em 31 de julho de 2024

A empresa planeja agora apresentar os resultados revisados em 14 de agosto de 2024, juntamente com os dados trimestrais relativos ao período encerrado em 30 de junho de 2024. Esse adiamento tem por objetivo permitir que os auditores da Americanas revisem minuciosamente as informações apresentadas. E concluam suas análises e avaliem a viabilidade de emitir uma opinião sobre as demonstrações financeiras da companhia.

A empresa

A Americanas é uma das maiores empresas de varejo do Brasil, conhecida principalmente por suas lojas físicas e sua plataforma de comércio eletrônico. Fundada em 1929, a Americanas começou como uma pequena loja de departamentos e hoje faz parte do Grupo B2W Digital, que também engloba outras marcas conhecidas como Submarino, Shoptime e Sou Barato. A empresa, assim, oferece uma ampla gama de produtos, incluindo eletrônicos, eletrodomésticos, itens de moda, livros, entre outros, atendendo tanto clientes individuais quanto corporativos.

Americanas revela resultado da investigação e confirma fraudes

O Comitê independente da Americanas (AMER3), criado para investigar o rombo bilionário identificado há mais de um ano e meio, apresentou suas conclusões. Segundo um comunicado oficial, o Comitê confirmou a existência de fraude contábil. O Comitê identificou que lançaram indevidamente valores na conta Fornecedores. E criaram contratos fictícios de VPC (verbas de propaganda cooperada). Além de realizaram operações financeiras conhecidas como “risco sacado”, entre outras práticas fraudulentas, que refletiram incorretamente no balanço da empresa.

“Os responsáveis por comandar ou orquestrar as fraudes identificadas não mais integram os quadros da companhia”, afirma o documento.

Diante das evidências apresentadas pelo Comitê, o Conselho de Administração instruiu a Diretoria da Americanas, em conjunto com seus advogados. Dessa forma, a tomar todas as medidas necessárias para notificar as autoridades competentes. Contudo, incluindo o Ministério Público Federal, a Polícia Federal, a Comissão de Valores Mobiliários e outras entidades reguladoras pertinentes.

Além disso, o Conselho de Administração recomendou que a Diretoria avalie e implemente ações para proteger os interesses da Americana. E, dessa forma, buscar o ressarcimento pelos prejuízos causados. Essa avaliação incluirá a análise de possíveis processos legais contra os responsáveis pelas fraudes e a revisão de práticas internas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro. O objetivo é garantir que a empresa recupere a confiança de seus investidores e do mercado. Demonstrando, dessa forma, um compromisso firme com a transparência e a governança corporativa.

ACIONISTA DA AMERICANAS ELEVA PARTICIPAÇÃO À 12,5% DAS AÇÕES

A Americanas (AMER3), atualmente em recuperação judicial, anunciou que o acionista Inácio de Barros Melo Neto aumentou sua participação para 12,52%. Isto, do total de ações ordinárias da varejista. As ações da empresa estavam cotadas a R$ 0,69 na última sexta-feira (12). Melo Neto agora detém 113 milhões de ações ordinárias (ON) da Americanas.

O investidor declarou que seu objetivo não é modificar a estrutura acionária ou de controle da empresa. Mas, sim obter lucros com uma futura venda de suas ações.

No início de julho, a Americanas informou que seus acionistas de referência — os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — juntamente com seus afiliados, passariam a deter 49,2% do capital social da companhia após um aumento de capital. Até meados de fevereiro de 2023, a empresa havia reportado que o trio de bilionários possuía 30,12% das ações da Americanas, totalizando 271.834.960 papéis.

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