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Americanas confirma posição de caixa de R$ 800 milhões e não R$ 7,8 bilhões

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A varejista americanas confirmou que sua posição de caixa disponível para suas atividades atualmente é de aproximadamente R$ 800 milhões, após ter tido R$ 7,8 bilhões antes da descoberta de um rombo de R$ 20 bilhões.

Com as inconsistências fiscais vindo à tona, a empresa não consegue mais antecipar com os bancos e adquirentes cerca de R$ 3 bilhões em recebíveis de cartão de crédito para as operações da companhia.

Além disso, valores estão bloqueados pelo BTG Pactual e o BV, que superam R$ 1,4 bilhão. Há ainda mais R$ 1 bilhão em investimentos sem liquidez.

A Americanas não descarta o pedido de recuperação judicial e está trabalhando com a possibilidade de, nos próximos dias, aprovar o ajuizamento de pedido de recuperação judicial.

Crise contábil da Americanas impulsiona alta das ações da Magazine Luiza no Ibovespa

Quem ta aproveitando os problemas da concorrência são as ações da Magazine Luiza que lideravam as altas do Ibovespa na tarde de hoje (19), após a Americanas pedir recuperação judicial em meio à crise contábil.

Às 15h18 (de Brasília), as ações da Magalu subiam 8%, cotadas a R$3,85, enquanto as ações da Americanas apresentavam a pior desvalorização do índice Ibovespa, com queda de 27%, cotadas a R$1,27.

Segundo o analista da CM Capital, Alex Carvalho, quem está surfando a onda da crise é a Magalu.

Ele aponta que, desde que saíram os anúncios das inconsistências contábeis da Americanas, a ação da Magazine Luiza teria subido quase 40%. A CM Capital passou a ter recomendação de compra para a Magazine Luiza, com preço-alvo em torno de R$5, devido ao cenário incerto do varejo pós-pandemia.

Recuperação Judicial

A Americanas protocolou hoje (19) seu pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro.

De acordo com fontes, a dívida total da empresa é de aproximadamente R$ 43 bilhões, e conta com cerca de 16,3 mil credores.

A situação financeira da Americanas parece ter se deteriorado rapidamente desde a semana passada, quando a empresa revelou “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões. O CEO Sérgio Rial, que havia assumido o cargo há apenas nove dias, não resistiu ao choque e acabou renunciando ao cargo.

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