
A principal notícia que impulsionou o Bitcoin foi a declaração do chefe de comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnik. Ele disse que o aumento de 25% nas tarifas contra produtos do Canadá e do México pode não acontecer, e que o presidente Donald Trump ainda vai decidir os valores exatos. Além disso, as tarifas sobre produtos chineses também podem ser reduzidas se o tráfico de fentanil (um opioide) for controlado.
Outro fator que animou os investidores foi o Relatório de Emprego ADP, que mostrou que o setor privado dos EUA criou menos vagas de emprego em fevereiro do que o esperado. Isso pode parecer ruim, mas para o mercado de criptomoedas, é uma boa notícia.
Uma desaceleração no mercado de trabalho reduz a pressão sobre a inflação. Com a inflação mais controlada, o Federal Reserve (o Banco Central americano) pode ficar mais à vontade para reduzir as taxas de juros ainda este ano.
Juros Mais Baixos = Mais Investimentos em Criptomoedas
Juros mais baixos tornam os investimentos em ativos de risco, como o Bitcoin, mais atraentes. Por isso, a expectativa de queda nos juros está impulsionando o preço da criptomoeda.
Perto das 11h03 (horário de Brasília), o Bitcoin estava sendo negociado a US$ 89.487, com alta de 8,2% em 24 horas. O Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda, também subia 6,9%, cotado a US$ 2.205.
O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo atingiu a marca impressionante de US$ 3 trilhões. Em reais, o Bitcoin estava sendo negociado a R$ 527.375.
Outras criptomoedas (chamadas de altcoins) também se beneficiaram da alta do Bitcoin. O XRP, token da Ripple, subiu 7,5%, a Solana (SOL) avançou 7,7%, e o BNB (token da Binance Smart Chain) registrou alta de 5,5%.
Nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin à vista nos EUA, houve um saldo negativo de US$ 143,5 milhões ontem. Isso significa que mais investidores venderam do que compraram cotas desses fundos.
Já nos ETFs de Ether, o dia foi de fluxo positivo de US$ 14,6 milhões, encerrando uma sequência de oito dias de saídas de capital.