
- Inflação ainda acima da meta
- PIB com crescimento revisado para baixo
- Selic mantida em 15% ao ano
O mercado financeiro revisou para baixo as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação de 2025, conforme apontado no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central.
A nova estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação, caiu de 5,66% para 5,65%. Apesar da redução mínima, a previsão continua acima do teto da meta de 4,5% estabelecida para o próximo ano. Para 2026, no entanto, a expectativa de inflação subiu de 4,48% para 4,50%.
PIB tem nova revisão para baixo
A projeção para o crescimento do PIB em 2025 também foi reduzida, passando de 1,99% para 1,98%. Já para 2026, a expectativa permaneceu inalterada em 1,60%.
Segundo especialistas, a agropecuária pode desempenhar um papel fundamental na recuperação econômica ao longo do ano, contribuindo para um desempenho mais positivo do que o projetado.
Selic segue estável, dólar tem leve recuo
A taxa básica de juros, a Selic, permaneceu com projeção de 15% ao ano para o final de 2025, sem alterações nas últimas 11 semanas.
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou recentemente a taxa e indicou a possibilidade de uma nova alta de menor magnitude na próxima reunião, visando conter a inflação e preservar o poder de compra da população.
Já no câmbio, o mercado reduziu a estimativa para o dólar, que deve fechar 2025 cotado a R$ 5,95, abaixo da previsão anterior de R$ 5,98. Para 2026, a projeção se manteve em R$ 6,00.
Outras projeções econômicas
Além do PIB, inflação e juros, outros indicadores também passaram por ajustes. O superávit da balança comercial para 2025 recuou de US$ 76,7 bilhões para US$ 75,4 bilhões, enquanto a estimativa para 2026 foi mantida em US$ 79,2 bilhões.
Os investimentos estrangeiros no Brasil seguem projetados em US$ 70 bilhões para este ano. No entanto, a previsão para 2026 caiu de US$ 72 bilhões para US$ 70 bilhões, refletindo um cenário de incerteza no mercado global.
Os ajustes nas projeções indicam, portanto, que o mercado segue atento aos desdobramentos da política econômica do país. E, além das condições externas que podem impactar o crescimento econômico.
Especialistas recomendam cautela aos investidores e empresários diante das oscilações nas expectativas do mercado.