- Brava firmou parceria com PetroRecôncavo para vender 50% da infraestrutura de gás natural na Bacia Potiguar, por US$ 65 milhões
- O acordo tem exclusividade de 60 dias para definição das condições e prevê o pagamento de 35% na assinatura
- Brava se compromete a adquirir gás natural da PetroRecôncavo por cinco anos, com um volume médio de 150 milhões de metros cúbicos por dia
- A parceria busca melhorar a eficiência e reduzir custos operacionais no escoamento e processamento de gás natural na região
A Brava (BRAV3) assinou, na última quarta-feira (18), um acordo com a PetroRecôncavo (RECV3) para definir os princípios contratuais de uma parceria estratégica. Esta, contudo, envolvendo a venda de 50% da infraestrutura de escoamento e processamento de gás natural na Bacia Potiguar, localizada no estado do Rio Grande do Norte.
O valor do acordo foi estipulado em US$ 65 milhões, com 35% pagos no ato da assinatura e o saldo restante na conclusão da transação.
Este pacto contempla diversas unidades importantes. Como as Unidades de Processamento de Gás Natural II e III (UPGNs), as Esferas de GLP e o gasoduto que conecta os campos produtores da Brava e da PetroRecôncavo ao Ativo Industrial de Guamaré (AIG). Dessa forma, onde ocorre o processamento do gás.
Condições de assinatura
O acordo, que tem um prazo exclusivo de 60 dias para a definição das condições que permitirão a assinatura do contrato definitivo, prevê a formação de comitês operacionais compostos por membros das duas empresas.
A Brava, no entanto, será a operadora do consórcio. E, as empresas compartilharão as utilidades e serviços essenciais do AIG para a operação das UPGNs.
Um dos principais pontos do acordo é o compromisso de suprimento de gás natural entre as duas companhias. A Brava se compromete a adquirir gás natural da PetroRecôncavo por um período de cinco anos. Ainda, com início no segundo semestre de 2025. Durante esse período, a Brava se compromete a adquirir um volume médio de 150 milhões de metros cúbicos de gás por dia. E, dessa forma, garantindo a continuidade do fornecimento.
Eficiência operacional
Essa parceria estratégica entre as duas empresas visa aprimorar a eficiência operacional e maximizar a utilização da infraestrutura existente na Bacia Potiguar. Além de reduzir custos operacionais e aumentando a confiabilidade na produção e no escoamento de gás natural e seus derivados na região.
A Brava destacou que o foco principal da parceria é garantir maior eficiência e sustentabilidade operacional. E, assim, alinhando os interesses das duas empresas e otimizando os recursos disponíveis para a maximização da produção de gás.
O setor de gás natural tem ganhado cada vez mais relevância no Brasil, especialmente em regiões como a Bacia Potiguar, que é um dos polos produtivos de gás no país.
A movimentação das duas empresas no sentido de consolidar parcerias e aumentar a eficiência da infraestrutura do setor reflete uma tendência crescente de busca por soluções mais integradas e colaborativas. E, ainda, resultando em menores custos e maior segurança para os consumidores e para o mercado como um todo.
Operação de midstream
Além disso, a operação de midstream (transporte e processamento) de gás natural tem se mostrado um ponto estratégico para o crescimento do mercado. Uma vez que envolve a integração de diferentes elos da cadeia produtiva, desde a extração até a distribuição. E, dessa forma, contribui para a maior confiabilidade e estabilidade do sistema energético nacional.
Com a assinatura deste acordo, Brava e PetroRecôncavo apostam na criação de uma parceria sólida e rentável, com benefícios mútuos para ambas as partes e para o mercado de gás natural brasileiro.
O acordo ainda precisa passar por uma análise detalhada e aprovação final dentro dos 60 dias de exclusividade, período que será crucial para a finalização dos termos e condições que darão origem ao contrato definitivo. As duas empresas aguardam a conclusão dos trâmites necessários para dar sequência à implementação do projeto.