- A Caixa Econômica Federal reportou um lucro líquido recorrente de R$ 3,287 bilhões no segundo trimestre de 2024, representando um aumento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano anterior
- O banco público divulgou os resultados na última quarta-feira (21)
- Em junho deste ano, a carteira de crédito da Caixa alcançou R$ 1,175 trilhão, refletindo um avanço de 10,6% em relação a 2023
A Caixa Econômica Federal reportou um lucro líquido recorrente de R$ 3,287 bilhões no segundo trimestre de 2024, representando um aumento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O banco público divulgou os resultados na última quarta-feira (21).
Em junho deste ano, a carteira de crédito da Caixa alcançou R$ 1,175 trilhão, refletindo um avanço de 10,6% em relação a 2023. A carteira de crédito habitacional, segmento mais expressivo, registrou R$ 783,6 bilhões, marcando um crescimento de 14,8% na comparação anual.
A margem financeira da Caixa no trimestre foi de R$ 15,81 bilhões, 4,1% acima do resultado de 12 meses atrás.
“O aumento em 12 meses foi impactado principalmente pela redução de 17,7% nas despesas com recursos de instituições financeiras e oficiais no item compromissadas”, comentou o banco.
A Caixa Econômica Federal registrou R$ 6,755 bilhões em receitas provenientes de serviços e tarifas bancárias no segundo trimestre de 2024. Dessa forma, representando um aumento de 6,5% em comparação ao mesmo período de 2023. O crescimento anual, no entanto, foi impulsionado pelos aumentos de 15,2% em produtos de seguridade, 10,8% em operações de crédito, 9% em receitas de cartões e 6,6% em fundos de investimento. Assim, conforme destaca o relatório da instituição.
Despesas administrativas
As despesas administrativas da Caixa somaram R$ 10,769 bilhões no segundo trimestre, uma elevação de 9,3% em relação ao ano anterior. As despesas com pessoal, no entanto, totalizaram R$ 7,3 bilhões, um crescimento de 7,1% comparado ao mesmo período de 2023. Enquanto outras despesas administrativas subiram 14,1%, atingindo R$ 3,5 bilhões.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) recorrente chegou a 9,54%, uma alta de 1,78 ponto percentual em relação ao segundo trimestre do ano anterior. O patrimônio líquido da Caixa, no entanto, alcançou R$ 135,524 bilhões, um aumento de 11,2% em um ano, e seus ativos totais somaram R$ 1,911 trilhão, refletindo um crescimento de 10,7% no mesmo período.
Fraude? Caixa tenta investir R$ 500 milhões em banco endividado
A cúpula da Caixa Econômica Federal, no entanto, destituiu na semana passada dois gerentes que se opuseram à compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master.
Na segunda passada (08), a cúpula da Caixa Econômica Federal destituiu, contudo, dois gerentes que se opuseram à compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master, consideradas arriscadas demais para os padrões do banco.
Segundo informações, em um parecer sigiloso de 19 páginas obtido pela equipe da coluna, a área de renda fixa da Caixa Asset, o braço de gestão de ativos do banco estatal, desaconselhou enfaticamente a operação, considerada “atípica” e “arriscada”, não só em razão do valor, considerado alto demais, como por causa do rating do banco.
O documento anunciado pela Caixa classifica, portanto, o modelo de negócios do Master como “de difícil compreensão”. E, ainda, aponta para um “alto risco de solvência”. O parecer deveria ter sido discutido no comitê de investimento da Caixa Asset.
O Master é um banco formado a partir do antigo Banco Máxima. Este, que tem entre os principais acionistas os empresários Daniel Vorcaro, Maurício Quadrado e Augusto Ferreira Lima. Ele, portanto, assumiu a atual razão social em 2021.