- A Casas Bahia negociou com bancos e conseguiu alongar R$ 1,5 bilhão em dívidas, que venceriam até 2025, para daqui a três anos
- A empresa levantou R$ 623 milhões com o follow–on realizado no ano passado
- A companhia conseguiu monetizar o valor líquido de R$ 1,3 bilhão em créditos tributários no ano passado
- A receita atrelada aos serviços cresceu 2,5 pontos, para 13,1% do total do faturamento da Casas Bahia
- A empresa planeja o fechamento de 100 unidades, mas após melhorias operacionais, 45 delas mostraram uma forte reação das vendas e devem permanecer abertas enquanto rentáveis
- A empresa reduziu 8,6 mil posições (cerca de 20% do total) em 2023
- A Casas Bahia reduziu em R$ 152 milhões os gastos com pessoal no quarto trimestre
- A empresa deixou de operar diretamente em vários segmentos, que não se mostraram rentáveis
A Casas Bahia (BHIA3), em uma negociação bem-sucedida com bancos, logrou estender R$ 1,5 bilhão em dívidas, originalmente previstas para vencer até 2025, em prazo adicional de três anos. Através de um follow-on realizado no ano passado, a empresa arrecadou R$ 623 milhões. A companhia conseguiu monetizar o valor líquido de R$ 1,3 bilhão em créditos tributários no ano passado.
A receita vinculada aos serviços teve um crescimento de 2,5 pontos, representando 13,1% do total do faturamento da Casas Bahia. A empresa planejou o encerramento de 100 unidades, porém, após melhorias operacionais, 45 delas apresentaram uma forte reação nas vendas e devem permanecer em operação enquanto forem rentáveis.
A Casas Bahia reduziu 8,6 mil posições (aproximadamente 20% do total) em 2023. A empresa conseguiu uma redução de R$ 152 milhões nos gastos com pessoal no quarto trimestre. A empresa optou por não operar diretamente em vários segmentos, que se mostraram não rentáveis.
Renegociação em 2023
O Grupo Casas Bahia anunciou ainda no ano passado, uma renegociação de R$ 1,5 bilhão de dívidas que venciam em 2024 e 2025, ganhando um fôlego extra para tocar o seu plano de reestruturação.
A varejista informou à época, assinou com um documento com um grupo de instituições financeiras para reperfilar dívidas de emissões de Cédulas de Crédito Bancário e da 9ª emissão de dêbentures da empresa.
Segundo o acordo publicado em reportagem do BrazilJournal, as dívidas teriam um novo vencimento (36 meses) e a amortização do principal ocorrerá após a carência de 18 meses, em pagamentos trimestrais de 5% (após a carência) e de 70% no 36º mês. O custo das operações foram fixados em CDI + 4% ao ano.
A companhia alegou uma posição de caixa, irecebíveis de cartões, de R$ 3,6 bilhões no fim de 2023 (dados antecipados e não auditados). Com o reperfilamento dessa dívida, a companhia tem R$ 1,769 bilhão a pagar nos próximos 24 meses. Antes, eram R$ 3,137 bilhões. A dívida de longo prazo, que representava 41% do passivo da empresa, passou na ocasião para 69%.