
- A inflação ainda preocupa, e a política monetária precisa garantir sua estabilidade
- A atividade econômica, embora desacelerando, continua mostrando força e resiliência
- O BC mencionou os efeitos defasados do aperto monetário, indicando que os impactos das altas anteriores ainda estão se consolidando
Após três reuniões consecutivas com aumento de 1 ponto percentual na Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que pretende reduzir o ritmo da alta de juros em maio.
O comunicado estabelece 0,75 ponto percentual como o teto para a próxima elevação, reforçando a percepção de que o Banco Central (BC) se aproxima do fim do atual ciclo de aperto monetário.
Apesar do sinal de desaceleração, o BC não garantiu que o próximo aumento será o último. As projeções do mercado variam entre um encerramento em maio e a possibilidade de novas altas até junho, com a Selic podendo alcançar 15% ou 15,25% ao ano.
Sinal de desaceleração no aperto monetário
O comunicado do Copom trouxe uma mudança relevante no tom da política monetária:
- O Banco Central indicou que a próxima alta será menor, com um limite de 0,75 ponto percentual.
- O mercado vê isso como um sinal de que o ciclo de alta está perto do fim.
- Alguns economistas acreditam que maio marcará a última elevação, enquanto outros apostam em um novo aumento em junho.
Fatores que influenciam a decisão do BC
Mesmo sinalizando uma redução no ritmo, o Copom destacou preocupações que podem levar a novos aumentos:
- A inflação ainda preocupa, e a política monetária precisa garantir sua estabilidade.
- A atividade econômica, embora desacelerando, continua mostrando força e resiliência.
- O BC mencionou os efeitos defasados do aperto monetário, indicando que os impactos das altas anteriores ainda estão se consolidando.
Previsões do mercado e próximos passos
Com a incerteza sobre o encerramento do ciclo, as projeções para a Selic variam entre os analistas do mercado financeiro:
- Economistas do Itaú Unibanco, BNP Paribas e BMG acreditam que a Selic pode subir mais uma vez em maio, encerrando o ciclo entre 14,75% e 15%.
- Já Bank of America, Barclays, Daycoval e BTG Pactual projetam duas altas adicionais, levando a Selic para até 15,25%.
- O histórico do Copom mostra que menções às defasagens na política monetária costumam anteceder o fim do ciclo de aperto, mas não garantem seu encerramento imediato.
A decisão final dependerá, portanto, do cenário econômico e da evolução da inflação. O mercado segue atento aos próximos movimentos do Banco Central, aguardando definições que podem impactar investimentos, crédito e crescimento econômico nos próximos meses.