Aperto monetário

Ciclo de altas de juros deve ter fim até junho, prevê mercado

O comunicado estabelece 0,75 ponto percentual como o teto para a próxima elevação, reforçando a percepção de que se aproxima do aperto monetário.

Juros do rotativo de cartoes subiu para 326 ao ano em marco
Juros do rotativo de cartoes subiu para 326 ao ano em marco
  • A inflação ainda preocupa, e a política monetária precisa garantir sua estabilidade
  • A atividade econômica, embora desacelerando, continua mostrando força e resiliência
  • O BC mencionou os efeitos defasados do aperto monetário, indicando que os impactos das altas anteriores ainda estão se consolidando

Após três reuniões consecutivas com aumento de 1 ponto percentual na Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que pretende reduzir o ritmo da alta de juros em maio.

O comunicado estabelece 0,75 ponto percentual como o teto para a próxima elevação, reforçando a percepção de que o Banco Central (BC) se aproxima do fim do atual ciclo de aperto monetário.

Apesar do sinal de desaceleração, o BC não garantiu que o próximo aumento será o último. As projeções do mercado variam entre um encerramento em maio e a possibilidade de novas altas até junho, com a Selic podendo alcançar 15% ou 15,25% ao ano.

Sinal de desaceleração no aperto monetário

O comunicado do Copom trouxe uma mudança relevante no tom da política monetária:

  • O Banco Central indicou que a próxima alta será menor, com um limite de 0,75 ponto percentual.
  • O mercado vê isso como um sinal de que o ciclo de alta está perto do fim.
  • Alguns economistas acreditam que maio marcará a última elevação, enquanto outros apostam em um novo aumento em junho.

Fatores que influenciam a decisão do BC

Mesmo sinalizando uma redução no ritmo, o Copom destacou preocupações que podem levar a novos aumentos:

  • A inflação ainda preocupa, e a política monetária precisa garantir sua estabilidade.
  • A atividade econômica, embora desacelerando, continua mostrando força e resiliência.
  • O BC mencionou os efeitos defasados do aperto monetário, indicando que os impactos das altas anteriores ainda estão se consolidando.

Previsões do mercado e próximos passos

Com a incerteza sobre o encerramento do ciclo, as projeções para a Selic variam entre os analistas do mercado financeiro:

  • Economistas do Itaú Unibanco, BNP Paribas e BMG acreditam que a Selic pode subir mais uma vez em maio, encerrando o ciclo entre 14,75% e 15%.
  • Já Bank of America, Barclays, Daycoval e BTG Pactual projetam duas altas adicionais, levando a Selic para até 15,25%.
  • O histórico do Copom mostra que menções às defasagens na política monetária costumam anteceder o fim do ciclo de aperto, mas não garantem seu encerramento imediato.

A decisão final dependerá, portanto, do cenário econômico e da evolução da inflação. O mercado segue atento aos próximos movimentos do Banco Central, aguardando definições que podem impactar investimentos, crédito e crescimento econômico nos próximos meses.

Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ
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