Custos operacionais

Citigroup supera projeções e lucra US$ 4,1 bi no 1º trimestre de 2025

Banco norte-americano avança 22% em lucro líquido, impulsionado por alta na receita e controle de custos operacionais

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  • O Citigroup lucrou US$ 4,1 bilhões no 1º trimestre de 2025, alta de 22% sobre o ano anterior e acima das projeções de analistas,
  • Já as provisões para perdas com crédito subiram 15%, somando US$ 2,37 bilhões
  • As ações do Citi subiam 0,92% no pré-mercado, refletindo confiança dos investidores no desempenho sólido e na gestão de riscos do banco

O Citigroup iniciou 2025 com um desempenho robusto, registrando lucro líquido de US$ 4,1 bilhões no primeiro trimestre, resultado 22% superior aos US$ 3,4 bilhões apurados no mesmo período do ano anterior.

O resultado superou com folga as expectativas de analistas, que projetavam um lucro por ação de US$ 1,85, segundo a FactSet. O banco reportou lucro por ação de US$ 1,96, impulsionado por aumento de receita, gestão eficiente de despesas e avanço em áreas estratégicas como serviços bancários corporativos e mercados globais.

Além do crescimento no lucro, o Citigroup também apresentou uma receita total de US$ 21,6 bilhões, alta de 3% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e acima da estimativa de US$ 21,3 bilhões.

Embora tenha registrado um aumento de 15% nas provisões para perdas com crédito, que somaram US$ 2,37 bilhões, o banco demonstrou resiliência em um cenário ainda marcado por incertezas econômicas e ajustes monetários globais.

Lucro e receita superam expectativas do mercado

O forte desempenho financeiro do Citigroup entre janeiro e março reflete a estratégia da instituição de focar em áreas de maior retorno e maior integração entre suas unidades globais.

O crescimento de 22% no lucro líquido e a receita superior ao consenso de mercado demonstram a eficácia do modelo de negócios atual. O banco se beneficia de sua presença internacional diversificada e da capacidade de adaptar-se rapidamente a mudanças no cenário econômico global.

Segundo Jane Fraser, CEO do Citigroup, os resultados evidenciam o progresso da instituição em sua transformação estratégica.

Continuamos entregando valor aos nossos acionistas ao mesmo tempo em que fortalecemos nossos negócios principais. Nossos resultados mostram que estamos no caminho certo para tornar o Citi um banco mais ágil, moderno e conectado aos clientes”, afirmou Fraser em nota à imprensa.

Provisões crescem, mas risco de crédito permanece controlado

Apesar do bom desempenho operacional, o Citigroup reforçou suas provisões para perdas com crédito, que aumentaram 15% na comparação anual, atingindo US$ 2,37 bilhões.

Esse aumento reflete o cuidado do banco diante de um ambiente econômico ainda volátil, marcado por juros elevados, inflação persistente e tensões geopolíticas.

No entanto, analistas avaliam que o crescimento das provisões está em linha com o ciclo natural de crédito e não representa deterioração significativa da carteira. O banco também vem mantendo índices saudáveis de inadimplência e cobertura, o que reforça sua solidez frente a potenciais riscos do mercado.

Ações oscilam, mas reagem positivamente ao balanço

No pré-mercado da Bolsa de Nova York, as ações do Citigroup apresentaram comportamento volátil logo após a divulgação dos resultados. Mas, registravam alta de 0,92% às 9h23 (horário de Brasília).

Investidores reagiram de forma otimista ao desempenho acima do esperado, ainda que o cenário macroeconômico continue incerto.

A valorização reflete a confiança do mercado na capacidade do banco de manter a rentabilidade mesmo em um ambiente desafiador. Especialistas avaliam que a sólida geração de receitas, aliada à disciplina na gestão de custos e riscos, coloca o Citigroup em posição competitiva frente a outros grandes bancos norte-americanos.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ