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Copel aprova reforma estatutária e caminha a "passos largos" para privatização

Foto/Reprodução GDI
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Em uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na última segunda-feira, os acionistas da Copel (Companhia Paranaense de Energia) aprovaram importantes mudanças no estatuto social da empresa, visando a transformação da companhia em uma corporação sem acionista controlador. Além disso, foi autorizado o aumento do capital social por meio da emissão de novas ações ordinárias, sinalizando o caminho para a privatização da empresa.

Uma das principais decisões tomadas durante a assembleia foi a criação e emissão de Golden Share, uma ação preferencial de classe especial, que ficará sob a titularidade do Estado do Paraná. Essa medida tem como objetivo assegurar o interesse público e garantir que o governo estadual mantenha um certo grau de controle sobre a empresa mesmo após sua privatização.

Outra medida aprovada foi a definição de um limite para a participação acionária, estabelecendo que nenhum acionista ou grupo poderá deter mais de 10% do total de ações com direito a voto em cada deliberação. Essa limitação visa evitar concentrações excessivas de poder e garantir um ambiente mais equilibrado para a tomada de decisões estratégicas.

Uma novidade significativa incluída no estatuto social é o dispositivo conhecido como “poison pill” ou “pílula de veneno”. De acordo com essa cláusula, caso um acionista ou grupo de acionistas alcance a titularidade de ações ordinárias que ultrapassem 25% do capital votante, eles serão obrigados a fazer uma oferta pública para a aquisição da totalidade das demais ações ordinárias. Essa medida busca evitar a aquisição hostil e desproporcional de ações, protegendo os interesses da empresa e dos demais acionistas.

A decisão de transformar a Copel em uma corporação e abrir espaço para sua privatização ocorre em um momento em que o governo do Estado do Paraná busca promover ajustes financeiros e atrair investimentos para impulsionar o desenvolvimento da empresa. A expectativa é que a abertura de capital propicie a captação de recursos necessários para investimentos em infraestrutura e modernização dos serviços prestados pela companhia.

Apesar de a privatização ser um tema controverso, o governo estadual ressalta que a medida será benéfica tanto para a empresa quanto para a população paranaense, uma vez que a entrada de capital privado permitirá maior agilidade na tomada de decisões e na busca por eficiência operacional.

A aprovação dessas mudanças representa um marco importante para a Copel e abre caminho para um novo capítulo em sua trajetória. A empresa, que possui uma posição de destaque no setor energético, está agora se preparando para enfrentar os desafios e oportunidades decorrentes de sua transformação em uma corporação sem acionista controlador. A expectativa é que a privatização traga avanços significativos para a companhia e contribua para o desenvolvimento econômico do Paraná.

Com a reforma estatutária aprovada e a perspectiva de privatização, a Copel está pronta para enfrentar um futuro promissor e se consolidar como uma das principais empresas do setor elétrico no Brasil.

Copel atende solicitação do BNDESPAR e retira itens do Novo Mercado da Assembleia Geral Extraordinária

A Copel informou que o BNDESPAR, acionista relevante da companhia, solicitou a retirada dos itens da ordem do dia da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que seria realizada nesta segunda-feira, 10 de julho. Esses itens se referem à eventual conversão de ações preferenciais em ordinárias e à migração da empresa para o segmento especial de listagem da B3, conhecido como Novo Mercado.

Em resposta à solicitação do BNDESPAR, a Copel esclareceu que a retirada dos itens do Novo Mercado da pauta não afeta as demais deliberações que serão discutidas na AGE, especialmente a proposta de transformação da Copel em uma companhia de capital disperso e sem acionista controlador, conhecida como Transformação em Corporação.

Dessa forma, a AGE, quando instalada, decidirá sobre a retirada dos itens do Novo Mercado da ordem do dia. A Copel reafirma seu compromisso em conduzir seus processos de governança corporativa de acordo com as melhores práticas e atendendo aos interesses dos acionistas.

A solicitação do BNDESPAR demonstra a importância da participação dos acionistas no processo decisório da companhia. A Copel valoriza o diálogo com seus investidores e está empenhada em promover transparência e eficiência na gestão, buscando sempre maximizar o valor para os acionistas.

A Copel é uma das principais empresas do setor de energia elétrica no Brasil, atuando na geração, transmissão e distribuição de energia. A empresa possui uma presença sólida no mercado e busca constantemente o aprimoramento de suas práticas de governança e a melhoria de seus serviços para atender às necessidades dos clientes e dos acionistas.

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