Política acirrada

Críticas e embates políticos marcam discussão sobre nomeação de Boulos

Senador Ciro Nogueira critica possível nomeação de Guilherme Boulos para ministério e gera reações políticas acirradas.

Críticas e embates políticos marcam discussão sobre nomeação de Boulos
  • Possível entrada de Boulos no governo gera forte oposição
  • Polêmicas marcam embates entre congressistas
  • Planalto avalia impacto da decisão entre movimentos sociais

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) criticou duramente, nesta quarta-feira (5), a possibilidade de Guilherme Boulos (Psol-SP) assumir um ministério no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o presidente do Progressistas, essa nomeação demonstraria uma falta de direção do governo.

Críticas e embates políticos

Ciro Nogueira manifestou sua insatisfação nas redes sociais, afirmando que a nomeação de Boulos comprovaria a falta de rumo do governo.

“O líder do movimento invasor dos sem teto sob o teto do Planalto seria a comprovação definitiva de que o governo está sem rumo e sem chão”, escreveu o senador em sua conta na plataforma X.

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) também atacou a possível nomeação, classificando-a como um incentivo ao radicalismo. Ele afirmou que Lula estaria criando um “Ministério dos Vagabundos Terroristas”. A declaração gerou uma resposta imediata de Boulos, que relembrou um caso judicial envolvendo Gayer.

Tensão entre os congressistas

Boulos rebateu as críticas de Gayer ao mencionar um acidente de trânsito em que o deputado se envolveu em 2015. Na ocasião, o Ministério Público de Goiás denunciou Gayer por dirigir sob efeito de álcool.

O deputado também esteve envolvido em um acidente em 2000, no qual duas pessoas morreram e uma terceira ficou paraplégica. Gayer negou as acusações e declarou que o acidente foi causado por condições adversas da via.

Cenário no governo

A Secretaria-Geral da Presidência, possível destino de Boulos, tem como papel central a interlocução com movimentos sociais.

Atualmente, Márcio Macêdo (PT) ocupa o cargo, mas enfrenta resistência de alguns setores sociais devido às demandas não atendidas. Boulos é visto como uma figura estratégica que pode fortalecer o diálogo do governo com esses grupos

A discussão sobre a nomeação de Boulos ocorre desde o final de 2024, mas sem uma definição concreta de cargo.

O Planalto, portanto, avalia que sua presença no governo poderia ampliar o apoio entre movimentos sociais e reforçar a comunicação com essas bases. No entanto, as negociações internas ainda definem a decisão final, suspensa temporariamente, e retomarão após o Carnaval.

O futuro da nomeação segue indefinido, mas as discussões políticas e os embates entre oposicionistas e governistas já colocam o tema no centro do debate nacional.

Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ
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