Dólar cai e mercado foca em decisão do Copom

O dólar apresentou leve queda frente ao real nesta quarta-feira, 11 de dezembro, com investidores avaliando os impactos dos recentes dados de inflação dos Estados Unidos e aguardando a decisão sobre os juros do Comitê de Política Monetária (Copom) após o fechamento do mercado.

O índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA registrou alta de 0,3% em novembro, marcando a maior variação mensal desde abril. A elevação veio após quatro meses consecutivos de aumento de 0,2%, conforme informou o Departamento do Trabalho. No comparativo anual, o CPI avançou 2,7%, ligeiramente acima da variação de 2,6% observada em outubro. Economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,3% no mês e de 2,7% na base anual.

Às 14h46, o dólar à vista operava com queda de 0,53%, cotado a R$ 6,015 tanto na compra quanto na venda. Já no mercado futuro, o contrato de dólar de primeiro vencimento caía 0,20%, negociado a 6.045 pontos. Na véspera, a moeda norte-americana havia encerrado o pregão com perda de 0,57%, sendo cotada a R$ 6,0478.

Com a aproximação da reunião do Federal Reserve (Fed) em 18 de dezembro, onde se espera um corte de 25 pontos-base na taxa de juros, os mercados globais monitoram a possibilidade de um ajuste antecipado devido a números de inflação acima do esperado. De acordo com analistas, caso o índice de preços nos EUA continue elevado, as autoridades podem adiar o afrouxamento monetário previsto para janeiro.

O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,29%, a 106,660. O movimento da moeda americana, no entanto, também é influenciado por fatores domésticos, como as expectativas para a reunião do Copom, que definirá a última decisão de juros do ano.

Os mercados locais estão atentos ao possível aumento da taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano. Após a alta de 0,5 ponto percentual em novembro, as apostas indicam 69% de chance de um aumento de 0,75 ou 1 ponto percentual na reunião de hoje, com uma desaceleração das expectativas de inflação e dados econômicos mostrando sinais de aquecimento no Brasil.