Hoje observamos uma leve queda do dólar, que fechou próximo de sua máxima, em um contexto marcado por vetos no Congresso brasileiro, ampliando as preocupações com o cenário fiscal do país.
A moeda norte-americana apresentou uma performance mista nesta quinta-feira (14). Inicialmente, houve uma queda do dólar em relação ao real, descendo abaixo dos R$ 4,90. Este movimento foi influenciado pelas decisões de política monetária de diversos bancos centrais, notadamente o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. Contudo, a moeda começou a recuperar suas perdas, refletindo a instabilidade do mercado.
Um fator chave neste processo foi a decisão do Congresso brasileiro de derrubar o veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamento para 17 setores. Esta ação legislativa levantou sérias preocupações sobre a situação fiscal do governo brasileiro, resultando em um enfraquecimento do real e impactando as taxas de juros futuras.
Ao mesmo tempo, no cenário internacional, o índice DXY, que mede o valor do dólar americano em relação a um conjunto de outras moedas importantes, manteve uma tendência de queda firme. Isso ocorreu mesmo com o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) mantendo suas taxas de juros inalteradas. A presidente do BCE, Christine Lagarde, enfatizou que cortes nas taxas não foram discutidos, o que pode ter contribuído para a estabilidade do euro e da libra em relação ao dólar.
No fechamento do mercado, o dólar à vista apresentou uma queda leve de 0,12%, cotado a R$ 4,9151, oscilando entre R$ 4,9176 e R$ 4,8757 durante o dia. O dólar futuro, por sua vez, mostrava uma ligeira alta. Internacionalmente, o índice DXY mostrou uma redução de 0,88%, enquanto o euro e a libra esterlina ganhavam terreno em relação ao dólar.
NY: alta moderada impulsionada por dados econômicos américanos
Hoje, a bolsa de valores de Nova York (NYSE) fechou em alta moderada, estendendo o rali iniciado na véspera. Esse movimento positivo no mercado acionário foi impulsionado principalmente pela sinalização do Federal Reserve (Fed) e de seu presidente, Jerome Powell, sobre um possível corte de juros em 2024. Esta expectativa gerou um ambiente favorável para os investidores, refletindo-se na performance dos principais índices do mercado.
A alta nas bolsas também foi sustentada por dados econômicos encorajadores, como as estatísticas de seguro-desemprego e as vendas do varejo nos Estados Unidos, que indicaram uma economia mais robusta do que o esperado. Esses dados ajudaram a dissipar temores de uma recessão iminente nos EUA, reforçando a confiança dos investidores no mercado.
Apesar de um movimento de correção no setor de tecnologia ter esfriado os ânimos na parte da tarde, o Dow Jones Industrial Average ainda conseguiu fechar em sua máxima histórica pelo segundo dia consecutivo. O índice registrou um aumento de 0,43%, alcançando 37.248,35 pontos. Enquanto isso, o S&P 500 avançou 0,26%, fechando em 4.719,55 pontos, e o Nasdaq Composite teve uma alta mais modesta de 0,19%, encerrando o dia em 14.761,56 pontos.
Entre os destaques do dia, as ações da General Motors (GM) se sobressaíram, com um avanço significativo de 6,65% após o anúncio de que a Cruise, sua subsidiária especializada em veículos autônomos, planeja reduzir 24% de sua força de trabalho. Essa notícia parece ter sido bem recebida pelo mercado, indicando uma estratégia de reestruturação e otimização de custos.
No mercado de títulos, observamos uma queda nos retornos dos Treasuries. O rendimento do T-bond de 30 anos caiu para 4,029%, de 4,1769% no dia anterior. Da mesma forma, os juros da T-note de 2 anos, 5 anos e 10 anos também recuaram, refletindo uma maior disposição dos investidores em assumir riscos no mercado de ações, em detrimento dos títulos do governo, que são considerados mais seguros.