- O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), se alinhou com a decisão de Alexandre de Moraes e votou a favor da suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil
- O caso, no entanto, está sendo julgado no plenário virtual da 1ª Turma do STF, presidida por Moraes
- Neste formato, os ministros não participam de debates ao vivo, limitando-se a registrar seus votos na plataforma online do tribunal
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), se alinhou com a decisão de Alexandre de Moraes e votou a favor da suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil.
O caso, no entanto, está sendo julgado no plenário virtual da 1ª Turma do STF, presidida por Moraes. Neste formato, os ministros não participam de debates ao vivo, limitando-se a registrar seus votos na plataforma online do tribunal. A votação está aberta até às 23h59 desta segunda-feira (02).
Além de Alexandre de Moraes e Flávio Dino, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) é composta pelos ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.
Na sexta-feira (30), Moraes emitiu uma decisão monocrática ordenando a retirada do X do ar no Brasil. No domingo (01), ele encaminhou, portanto, o caso para julgamento na 1ª Turma.
A suspensão do X é, portanto, mais um episódio na prolongada disputa entre Moraes e Elon Musk, proprietário da plataforma. Em 17 de agosto, o X, contudo, fechou seu escritório no Brasil e demitiu todos os funcionários locais.
No dia 28 de agosto, Moraes intimou Musk a nomear um representante legal no país, sob pena de bloquear a plataforma. Como Musk não cumpriu a ordem, Moraes, no entanto, determinou a suspensão do X.
Brasil perde credibilidade com banimento do X, diz sócio da Shein
- Após a suspensão do X no Brasil, um dos principais investidores globais expressou preocupação sobre o impacto negativo para o país
- Marcelo Claure destacou que o bloqueio poderá diminuir o interesse de grandes empresas em investir em infraestrutura de tecnologia no Brasil
- Claure, no entanto, é ex-CEO da divisão internacional do gigante de tecnologia SoftBank, também é sócio da Shein
Logo após a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender o X no Brasil, um dos principais investidores globais expressou preocupação sobre o impacto negativo para o país.
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Durante um evento do grupo Esfera Brasil no Rio de Janeiro, na sexta-feira (30), Marcelo Claure destacou que o bloqueio poderá diminuir o interesse de grandes empresas em investir em infraestrutura de tecnologia no Brasil. Assim, como data centers e computação em nuvem. Claure afirmou que o Brasil tem grande potencial para atrair investimentos. Portanto, que a decisão do STF pode prejudicar esse cenário.
O Brasil tem um problema enorme. É triste ver o que está acontecendo, essa briga entre um juiz brasileiro e uma rede social. Um juiz não pode ter o poder de fechar você. Nas próximas semanas, o mundo vai olhar essa briga, e o governo brasileiro vai perder muito em credibilidade, porque a segurança jurídica será impactada. Essa é minha opinião pessoal”, afirmou Marcelo Claure.
“O Brasil é um dos países com maior potencial. O brasileiro tende a falar mal sobre a situação do Brasil, mas pessoas que investem pelo mundo como eu e que não são brasileiras sabem da oportunidade que há aqui. O Brasil tem a matriz elétrica mais limpa do mundo, que é crucial para o desenvolvimento de infraestrutura para inteligência artificial, por exemplo”, completou.
Marcelo Claure, ex-CEO da divisão internacional do gigante de tecnologia SoftBank, também é sócio da Shein e da gestora brasileira eB Capital. Esta, criada por Eduardo Sirotsky Melzer, Luciana Ribeiro e o ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente. A Forbes estima sua fortuna em US$ 2 bilhões.
Marcelo Claure
Marcelo Claure, no entanto, é um destacado empresário e investidor boliviano-americano, conhecido por seu trabalho em grandes empresas de tecnologia e investimentos. Nascido em 1972, Claure ganhou notoriedade como CEO da divisão internacional do SoftBank, um dos maiores fundos de tecnologia do mundo.
Além de sua atuação no SoftBank, Claure é sócio da Shein, uma gigante do e-commerce de moda, e também faz parte da eB Capital, uma gestora de investimentos brasileira fundada por Eduardo Sirotsky Melzer, Luciana Ribeiro e Pedro Parente.
Claure tem uma fortuna estimada em cerca de US$ 2 bilhões, de acordo com a Forbes. Sua trajetória inclui a liderança de diversas empresas e investimentos significativos, refletindo seu impacto no setor tecnológico e financeiro global.
