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FGC tem crescimento de 9,2% e fecha 2021 em R$ 93,3 bilhões

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O Fundo Garantidor de Créditos — FGC, entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos depositantes e investidores de instituições financeiras associadas, acaba de divulgar seu relatório anual referente a 2021.

Entre os destaques figuram o patrimônio da entidade, que teve um incremento de 9,2% na comparação com 2020, passando de R$ 85,4 bilhões para R$ 93,3 bilhões, com uma liquidez – caixa ou ativos que podem ser convertidos em caixa – de R$ 71,5 bilhões e o crescimento do saldo de depósitos elegíveis às garantias, que saíram de R$ 2,2 trilhões para R$ 3,4 trilhões entre dezembro de 2019 e dezembro de 2021.

O FGC também destaca que o uso do aplicativo para dispositivos móveis foi responsável por considerável redução do tempo necessário para o pagamento das garantias.

De acordo com o relatório anual do FGC, em 2021, 97,8% dos pagamentos de garantia efetuados a 2.056 credores da Companhia Hipotecária Brasileira (CHB) foram feitos pelo aplicativo para celulares. Esses pagamentos somaram R$ 105 milhões, de um total de cerca de R$ 111 milhões pagos no período aos depositantes e investidores da instituição. Em 2020, dos R$ 844 milhões pagos aos credores de instituições que passaram por intervenção do Banco Central, 8,4 milhões puderam ser pagos por meio do aplicativo.

“O FGC vem investindo em tecnologia para oferecer mais comodidade para os beneficiários da garantia, ao mesmo tempo em que aumenta a segurança do processo de pagamento. O aplicativo do Fundo, lançado no final de 2020, mostra que estamos empenhados em criar estruturas que melhorem a experiência dos usuários, já que a ferramenta permite que todas as etapas sejam realizadas de forma online. Por meio do aplicativo o beneficiário submete toda a documentação necessária e indica uma conta de sua titularidade, dispensando a ida em uma agência bancária. Ao proporcionar maior agilidade no pagamento fortalecemos a confiança que a sociedade tem no FGC e no Sistema Financeiro Nacional como um todo”, afirma Daniel Lima, diretor-executivo do FGC.

No período, o FGC também finalizou a primeira fase do desenvolvimento do sistema para consolidação de dados e geração da “Visão Consolidada por Cliente” (SCV, na sigla em inglês). A ferramenta foi preparada para ser implantada no ambiente tecnológico das associadas, quando ocorrer situação de decretação de intervenção ou liquidação de uma instituição associada pelo Banco Central. A ferramenta ajudará o interventor/liquidante a compilar a lista de credores da garantia de forma mais rápida, permitindo reduzir ainda mais o prazo para o início dos pagamentos. O sistema segue para a segunda fase de implantação, que é a homologação pelas associadas.

Os esforços recentes do FGC para se comunicar diretamente com sociedade tem rendido bons frutos. De acordo com a Pesquisa de Marca realizada pela entidade em 2021com o público bancarizado, a cada dez pessoas entrevistadas, quatro conhecem a proteção oferecida pelo FGC. Em 2017, era uma em cada dez. Com isso, o percentual de pessoas que já ouviram falar do Fundo Garantidor de Créditos quadruplicou em quatro anos, saltando de 13% para 41%. Com relação à ciência sobre a existência da cobertura, o número saltou de 19% para 48%.

“A missão do FGC é contribuir para a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional, gerando confiança e segurança para as pessoas. Para isso, é fundamental que a sociedade saiba da sua existência e conheça o seu funcionamento. Os dados da pesquisa devem ser celebrados, pois mostram que a nossa mensagem está indo cada vez mais longe. Quanto mais pessoas conhecem as garantias, mais confiantes estão de que suas economias ou aplicações nas instituições financeiras associadas estão seguras. A soma de reconhecimento e confiança é uma confirmação de que o FGC está desempenhando o seu papel”, pontua Lima.

Outro aspecto destacado no relatório anual foi a realização de diversos leilões ao longo do ano para recuperação de valores. Em seus 26 anos de existência, o FGC realizou pagamentos de garantias e fez diversas operações de assistências com garantia de ativos, como por exemplo: carteira de créditos, imóveis ou direitos em ações judiciais.

Nessas situações o Fundo torna-se credor junto às massas das instituições liquidadas ou falidas, bem como de outros tipos de devedores Para dar liquidez a esses bens e direitos, foram organizados diversos leilões ao longo de 2021. Os recursos obtidos nesses eventos foram integrados ao patrimônio do FGC, fortalecendo ainda mais seu nível de liquidez e a segurança na gestão dos recursos.

Entre os leilões realizados em 2021, estão 89 imóveis em diversas regiões do País, entre terrenos, salas e prédios comerciais e unidades residenciais, que foram arrematados no período.

Além disso, foi realizada a venda, em leilão, de carteira de créditos detidos pelo FGC junto ao Banco Econômico, em liquidação extrajudicial desde 1996. A operação, organizada em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que também era credor da instituição financeira, foi arrematada por um Fundo de Investimentos pelo valor de R$ 937,7 milhões.

Desse total, R$ 487,91 milhões correspondem aos ativos detidos pelo BNDES, e R$ 449,84 milhões, aos do FGC. Com a venda, ambas instituições deram liquidez a ativos que estavam em suas carteiras há 25 anos.

Ainda de acordo com o relatório anual do FGC, os depósitos elegíveis à garantia totalizavam R$ 3,4 trilhões em dezembro de 2021. A limitação da garantia ordinária em até R$ 250 mil cobre 99,7% dos depositantes e investimentos. Na mesma data, a cobertura do FGC alcançava R$ 1,8 trilhão, o que representa 52% do total dos depósitos elegíveis à cobertura existente.

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