Necessário Readequar

Frigoríficos indicados por Governo Lula são reprovados pela China

Negativa da China a 28 frigoríficos brasileiros expõe exigências sanitárias rigorosas e pressiona o governo Lula a negociar novas habilitações para manter o fluxo comercial.

Frigoríficos indicados por Governo Lula são reprovados pela China
  • China rejeitou a habilitação de 28 frigoríficos brasileiros indicados para exportação de carnes.
  • Inconformidades técnicas e sanitárias foram identificadas durante auditorias realizadas pela GACC.​
  • Brasil continua negociando com a China para habilitar novas plantas frigoríficas em 2025.

Recentemente, a Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) rejeitou a habilitação de 28 frigoríficos brasileiros indicados pelo governo Lula para exportação de carnes. A decisão baseou-se em inconformidades técnicas e sanitárias identificadas durante auditorias. Apesar do revés, o Brasil continua negociando com a China para habilitar novas plantas frigoríficas, visando ampliar as exportações de carnes para o país asiático.​

Reprovação das plantas frigoríficas brasileiras

A GACC rejeitou a habilitação de 28 frigoríficos brasileiros indicados para exportação de carnes. As auditorias realizadas identificaram inconformidades técnicas e sanitárias, como inconsistências nos registros de produção, capacidade de armazenamento inadequada e riscos de contaminação durante o abate e corte. Essas falhas não atendem aos requisitos do protocolo bilateral estabelecido entre os dois países.

Nesse sentido, a decisão da GACC reflete a postura rigorosa da China quanto à segurança alimentar e à qualidade dos produtos importados. A carta enviada pelo governo chinês enfatiza a importância de o Brasil continuar aprimorando a supervisão dos estabelecimentos de carnes, tanto os recém-aprovados quanto os previamente habilitados, assegurando que todos os produtos exportados cumpram com os padrões e requisitos chineses.

Sendo assim, a recusa das habilitações pode impactar negativamente as exportações brasileiras de carnes para a China, um dos principais mercados para a carne bovina brasileira. Além disso, a decisão pode afetar a reputação do Brasil como fornecedor confiável de produtos agropecuários no mercado internacional.​

Impactos para o setor agropecuário brasileiro

A reprovação das plantas frigoríficas brasileiras pela China representa um revés significativo para o setor agropecuário nacional. Visto que a China é um dos principais mercados para a carne bovina brasileira, e a negativa pode impactar negativamente as exportações e a economia do setor. Além disso, a decisão pode afetar a reputação do Brasil como fornecedor confiável de produtos agropecuários no mercado internacional.​

Assim, o governo brasileiro, por meio do Ministério da Agricultura, deverá trabalhar para atender às exigências da GACC e corrigir as não conformidades apontadas. Uma nova submissão das plantas frigoríficas para análise poderá ser realizada após as adequações necessárias. A expectativa é que, com as correções implementadas, as plantas possam ser aprovadas em uma futura avaliação, permitindo a retomada das exportações de carne bovina para a China.​

Portanto, a habilitação de novos frigoríficos brasileiros pela China pode consolidar ainda mais a parceria entre os dois países no comércio de carnes. A China é o principal mercado para a carne bovina, de frango e suína brasileira, e a aprovação de novas plantas pode beneficiar empresas como JBS, Minerva, Marfrig e BRF. Além disso, a ampliação das exportações para o país asiático pode fortalecer a posição do Brasil como líder no comércio global de carnes. ​

Negociações em andamento para novas habilitações

Apesar da reprovação, o Brasil continua negociando com a China para habilitar novas plantas frigoríficas. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que uma nova lista com 44 unidades industriais foi enviada para o aval de Pequim. A expectativa é que algumas dezenas de frigoríficos brasileiros sejam habilitados em 2025, gerando mais oportunidades para os produtores nacionais. ​

O Brasil também tenta a liberação do mercado japonês para a carne bovina. Segundo Fávaro, a tensão comercial entre Estados Unidos e China vai favorecer a pecuária brasileira, já que o país asiático é o principal destino do produto. ​

Além disso, o Brasil apresentou, a pedido do governo chinês, uma lista com 50 frigoríficos brasileiros que já cumpriram requisitos sanitários exigidos para ingressar no mercado asiático e aguardam a habilitação para começar a exportar carne para o país. Simultaneamente, o ministro Carlos Fávaro levou aos chineses um pleito para que o Brasil possa usar o mecanismo de pre-listing, uma espécie de listagem prévia, que acelera a autorização para a exportação.

Perspectivas futuras para as exportações de carnes

A habilitação de novos frigoríficos brasileiros pela China pode consolidar ainda mais a parceria entre os dois países no comércio de carnes. A ampliação das exportações para o país asiático pode fortalecer a posição do Brasil como líder no comércio global de carnes. ​

O processo sanitário para aprovar os frigoríficos está em andamento. Fávaro afirmou que também trabalha para abrir o mercado chinês para novos produtos agrícolas, como sorgo, uvas, sementes de gergelim e subprodutos de carne suína, como pés e orelhas. ​

A última vez que a China liberou frigoríficos brasileiros para exportação foi em março. Na ocasião, 38 instalações foram aprovadas. O Brasil ampliou sua participação no comércio global de carne nos últimos anos, já que seus concorrentes, incluindo os EUA, enfrentam restrições de fornecimento.

Luiz Fernando
Licenciado em Letras, apaixonado por esportes, música e cultura num geral.