Sam Bankman-Fried (SBF), o nome por trás do império cripto FTX que desmoronou, está novamente em movimento. O ex-magnata foi transferido da prisão federal de Nova York, onde estava desde agosto de 2023, para uma unidade em Oklahoma City. A informação foi confirmada pelo Federal Bureau of Prisons (BOP), órgão do Departamento de Justiça dos EUA responsável pela custódia de detentos.
SBF cumpria pena no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, após ser condenado por fraude e conspiração em um dos maiores escândalos financeiros da história recente. A unidade de Oklahoma City, para onde foi transferido, é conhecida por abrigar presos em trânsito para outras penitenciárias, segundo o The Wall Street Journal.
Entrevista polêmica e aproximação com a direita: as jogadas de SBF
A transferência de SBF ocorre em um momento curioso, apenas 20 dias após ele conceder uma entrevista não autorizada ao The Tucker Carlson Show. Na entrevista, SBF surpreendeu ao afirmar: “Eu não acho que sou um criminoso”.
Além da entrevista, SBF tem demonstrado uma inesperada aproximação com a direita política dos EUA, o que tem sido interpretado como uma tentativa de conseguir um perdão presidencial.
O Metropolitan Detention Center nunca foi planejado para ser o local definitivo de cumprimento da pena de SBF. Especialistas apontam que ele provavelmente será transferido para um complexo penitenciário na Califórnia, estado onde seus pais residem.
Enquanto aguarda a definição de seu destino final, SBF permanece sob custódia. Sua libertação está prevista apenas para 17 de novembro de 2044, mas as recentes movimentações e declarações do ex-bilionário indicam que ele não pretende ficar parado.
FTX: a saga de uma gigante que virou pó
A história da FTX é uma montanha-russa de ambição, sucesso, ganância e, por fim, um desastre de proporções épicas. Fundada em 2019 por Sam Bankman-Fried (SBF), um jovem gênio da matemática e ex-trader de Wall Street, a FTX rapidamente se tornou uma das maiores e mais respeitadas corretoras de criptomoedas do mundo.
A FTX conquistou o mercado com:
Notícias Relacionadas
Expansão cripto
Fintechs criptos brasileiras conquistam Argentina e Portugal
Elas estão levando infraestrutura de criptoativos, soluções com stablecoins para pagamentos e proteção cambial, e aproveitando mudanças regulatórias para ajudar outras empresas a entrarem no mundo cripto.
Resultados PRIO
PRIO (PRIO3) fecha 2024 com receita total de US$2,4 bilhões
Lucro líquido (ex-IFRS 16) de US$ 1,7 bilhão (aumento de 54% vs. 2023). EBITDA Ajustado (ex-IFRS 16) de US$ 1,6 bilhão
Carros assegurados
Valor do seguro automotivo registra queda em fevereiro
Levantamento da Minuto Seguros mensurou que as reduções nos valores das apólices foram maiores no Rio de Janeiro
Imposto de Renda
Guia completo para declarar ETFs de Cripto e Futuros de Bitcoin (Sem medo do Leão)
O prazo do Imposto de Renda 2024 está chegando (30 de maio)! Se você investiu em ETFs de criptomoedas ou futuros de Bitcoin negociados na bolsa (B3), atenção: a declaração é obrigatória e tem regras específicas.
- Plataforma inovadora: Oferecia uma ampla gama de produtos e serviços, incluindo negociação de futuros, opções e tokens alavancados.
- Marketing agressivo: Patrocínios de alto nível, como o estádio do Miami Heat (que virou FTX Arena) e acordos com celebridades como Tom Brady e Gisele Bündchen.
- Imagem de SBF como “guru” cripto: O jovem fundador se tornou um ícone do setor, conhecido por sua filantropia e lobby político.
Em seu auge, a FTX chegou a ser avaliada em US$ 32 bilhões, e SBF se tornou um dos bilionários mais jovens do mundo.
Apesar do sucesso aparente, alguns sinais de alerta começaram a surgir:
- Estrutura complexa e opaca: A FTX tinha uma estrutura corporativa complexa, com várias entidades interligadas, incluindo a Alameda Research, fundo de hedge também fundado por SBF.
- Uso de fundos de clientes: Surgiram rumores de que a FTX estaria usando fundos de clientes para financiar operações arriscadas da Alameda Research.
- Conflito de interesses: A relação próxima entre a FTX e a Alameda levantou preocupações sobre possíveis conflitos de interesse.
Em novembro de 2022, um vazamento de informações financeiras da Alameda Research revelou que uma grande parte dos ativos do fundo era composta pelo token FTT, emitido pela própria FTX. Isso gerou pânico no mercado, levando a uma corrida de saques na corretora.
A FTX não conseguiu honrar os pedidos de saque, revelando que não tinha liquidez suficiente para cobrir as obrigações com os clientes. A empresa entrou com pedido de falência em 11 de novembro de 2022, arrastando consigo a Alameda Research e outras empresas do grupo.
O colapso da FTX teve um impacto devastador:
- Prejuízos bilionários: Milhares de investidores perderam suas economias.
- Crise de confiança no mercado cripto: O incidente abalou a confiança no setor, levando a uma queda generalizada nos preços das criptomoedas.
- Investigações e processos judiciais: SBF e outros executivos da FTX foram acusados de fraude, conspiração e lavagem de dinheiro. SBF foi condenado e hoje cumpre pena.
- Chamado por maior regulamentação: O caso da FTX reacendeu o debate sobre a necessidade de maior regulamentação do mercado de criptomoedas.
