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Gerdau (GGBR4) lucra R$ 732 milhões no 4T de 2024

Gerdau (GGBR4) lucra R$ 732 milhões no 4T de 2024. Em relação ao mesmo período do ano de 2022, o resultado da empresa sofreu queda de 45,1%.

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A principal produtora de aço no Brasil registrou lucro líquido de R$ 732 milhões no 4° trimestre de 2024. Em relação ao mesmo período do ano de 2022, o resultado da empresa sofreu queda de 45,1%. Já em comparação ao 3° trimestre de 2023, o resultado foi 54% inferior ao recorte, conforme o comunicado divulgado ontem, terça-feira (20).

Conforme indicado no relatório de desempenho da empresa, a redução nos resultados pode ser atribuída principalmente à diminuição nos volumes de entregas nas operações, bem como às questões econômicas na Argentina, que afetaram as operações na América do Sul.

A empresa enfatizou que manteve níveis saudáveis de rentabilidade, resultado de sua transformação ao longo dos anos para se tornar mais resiliente e adaptada ao cenário externo. Esse processo incluiu o desenvolvimento de um portfólio de produtos mais equilibrado, permitindo à Gerdau enfrentar desafios e manter sua robustez no mercado.

Performance em 2022

No ano de 2023, a Gerdau (GGBR4) registrou um lucro líquido de R$ 6,9 bilhões, representando uma queda significativa de 40,9% em comparação com 2022. A empresa atribui essa diminuição principalmente à redução nos volumes de vendas nas operações comerciais e, sobretudo, à base de comparação robusta estabelecida em 2022, quando a siderúrgica alcançou o segundo maior lucro líquido ajustado em sua história.

Causas do resultado inferior

Conforme indicado no relatório de desempenho da empresa, a redução nos resultados é atribuída principalmente à diminuição nos volumes de entregas nas operações, juntamente com as questões econômicas na Argentina, que afetaram as operações na América do Sul.

A empresa destacou que conseguiu manter níveis saudáveis de rentabilidade, resultado de uma transformação contínua ao longo dos anos. Essa evolução permitiu que a companhia se tornasse cada vez mais resiliente e adaptada ao cenário externo, alcançando um equilíbrio por meio de um portfólio de produtos mais diversificado e robusto.

Vai perder o folêgo? Itaú BBA rebaixa Gerdau para 2024

por Leonardo Bruno 19/12/2023

A Gerdau (GGBR4), uma das maiores produtoras de aço do Brasil, enfrentou uma revisão crítica por parte do Itaú BBA, que rebaixou a recomendação de suas ações de ‘outperform’ para ‘market perform’. Além disso, o banco ajustou o preço-alvo para o final de 2024, de R$ 30 para R$ 26, o que representa um potencial de alta de 10,5%. Essa alteração levou a uma queda de 2,46% no valor das ações, fechando a R$ 22,96.

A revisão do Itaú BBA baseia-se em vários fatores. Primeiramente, os fundamentos fracos para a dinâmica do aço no Brasil a curto prazo levantam preocupações. Adicionalmente, o enfraquecimento dos resultados nos Estados Unidos deve impactar negativamente as margens futuras da empresa.

A valorização limitada do fluxo de caixa descontado (DCF) em 10%, a projeção de um fluxo de caixa livre apenas razoável em 2024 (7% de rendimento de FCF), prejudicado por cerca de R$ 6,0 bilhões em despesas de capital, e um valuation justo, com um EV/Ebitda estimado para 2024 de 4,3 vezes, também contribuem para uma visão mais cautelosa.

Até agora em 2023, as ações da Gerdau apresentaram uma queda de 16%, com desempenho inferior ao Ibovespa em 39%. No Brasil, houve uma diminuição de 9% nos volumes de aço nos primeiros nove meses de 2023 em relação ao ano anterior, e as margens Ebitda caíram de 22% para 14%. Na América do Norte, os volumes diminuíram 6%, e as margens de Ebitda caíram de 33% para 27%.

O Itaú BBA prevê que o desempenho fraco continue em ambas as regiões, com mais deterioração nos volumes e margens no 4º trimestre de 2023. Consequentemente, o banco reduziu as estimativas de Ebitda para 2024 para R$ 10,9 bilhões, ante R$ 12,7 bilhões.

No Brasil, espera-se que os resultados da Gerdau continuem sob pressão no próximo ano, prevendo-se um modesto aumento de 2% na base anual nos volumes domésticos de aço e um ambiente competitivo acirrado, limitando o espaço para aumentos de preços. A margem Ebitda no Brasil deve diminuir para 11,8% em 2024.

Na América do Norte, apesar do potencial impulso de iniciativas governamentais, o Itaú BBA espera mais deterioração nos resultados devido a preços mais baixos do aço. Como resultado, prevê que as margens nos EUA caiam para 17,4% em 2024.

A análise do Itaú BBA aponta para um cenário desafiador para a Gerdau em 2024. As projeções indicam um ambiente de negócios mais difícil tanto no Brasil quanto na América do Norte, com impactos significativos nas margens e volumes de vendas. Além disso, a expectativa de um fluxo de caixa livre mais fraco sugere uma potencial redução nos retornos aos acionistas.

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