
- O Plano 1 da Previ fechou 2024 com saldo negativo devido à baixa rentabilidade dos investimentos
- O tribunal investiga a gestão dos recursos e possíveis riscos na administração
- A Previ garante que os planos seguem equilibrados e sem necessidade de contribuições extras
A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) informou que o Plano 1, o maior da fundação, fechou 2024 com um déficit de R$ 17,6 bilhões. A queda no desempenho foi atribuída principalmente à baixa rentabilidade do segmento de renda variável, que apresentou um resultado negativo de 12,02%. Por outro lado, os investimentos no exterior renderam 40,4%, amenizando parte das perdas.
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma auditoria para investigar o prejuízo acumulado pela Previ ao longo do ano. O processo busca avaliar a governança corporativa do fundo e identificar possíveis riscos na administração dos recursos.
Impacto do mercado no resultado negativo
A Previ afirmou que as oscilações do mercado financeiro consumiram o superávit de R$ 14,5 bilhões registrado em 2023. Segundo a entidade, esse tipo de variação é comum no setor e faz parte de um ciclo natural de investimentos.
Mesmo com o déficit acumulado, a fundação destacou que continua sólida e com capacidade de pagamento garantida. A recuperação parcial da Bolsa de Valores em janeiro de 2025 gerou um saldo positivo de R$ 1,3 bilhão, indicando uma possível retomada.
Auditoria do TCU investiga gestão da Previ
O TCU iniciou uma auditoria em fevereiro de 2025 para apurar a origem do fluxo negativo de R$ 14 bilhões acumulado entre janeiro e novembro de 2024. A investigação será conduzida por técnicos do tribunal e posteriormente encaminhada ao relator do processo, ministro Walton Alencar.
O objetivo é mapear riscos e avaliar os processos de tomada de decisão da entidade, garantindo transparência na gestão dos investimentos. O relator enfatizou que o procedimento busca prevenir situações semelhantes a outras perdas significativas já registradas no setor.
Previ reforça segurança financeira
Apesar do déficit, a Previ reforçou que os planos sob sua gestão continuam equilibrados. A fundação administra um total de R$ 270 bilhões em investimentos, atendendo 84 mil funcionários do Banco do Brasil e 109 mil beneficiários.
A entidade também assegurou que não haverá necessidade de contribuições extraordinárias por parte dos associados ou do Banco do Brasil, afastando riscos de impacto financeiro direto para os participantes.