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- O Brasil reagirá prontamente a qualquer interferência externa considerada indevida
- O governo enfatiza que decisões judiciais seguem a Constituição e não cabem a nações estrangeiras
- Nota oficial evitou excessos, mas deixou claro que novas críticas terão reações à altura
O governo brasileiro adotou uma nova estratégia diplomática diante de possíveis interferências externas, especialmente das manifestações vindas da Casa Branca sob a gestão de Donald Trump.
A diplomacia brasileira decidiu adotar o princípio do “bateu, levou”. Assim, garantindo respostas imediatas a qualquer ingerência considerada indevida.
A postura mais firme já se refletiu na nota oficial divulgada pelo Itamaraty nesta quarta-feira (27), que rechaçou duramente uma declaração de um órgão ligado ao Departamento de Estado norte-americano.
Esse órgão havia criticado bloqueios e multas impostas pelo Brasil a empresas dos Estados Unidos. Assim, sugerindo que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, estaria restringindo a liberdade de expressão.
Reação do governo brasileiro
No Palácio do Planalto e no Itamaraty, a nota da administração Trump foi vista como um “absurdo”, segundo fontes envolvidas na resposta brasileira.
O governo interpretou a manifestação como uma tentativa de interferência indevida em decisões do Judiciário brasileiro. Contudo, que são respaldadas pela Constituição Federal de 1988.
O gabinete do chanceler Mauro Vieira e a assessoria internacional da Presidência da República elaboraram juntos a resposta do Brasil.
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chancelou o texto final. Segundo relatos, não houve dúvidas sobre a necessidade de responder nem sobre o tom adotado.
Defesa da soberania e combate às fake news
A nota oficial destacou que as decisões do Judiciário brasileiro são um assunto de soberania nacional. O governo brasileiro responderá com firmeza a qualquer tentativa estrangeira de contestar essas decisões.
Além disso, reforçou que o combate às fake news é uma prerrogativa do sistema judicial brasileiro. Assim, sendo tratado internamente dentro do arcabouço legal do país.
Embora tenha sido considerada firme, a resposta brasileira evitou exageros e bravatas. O objetivo central foi deixar claro que, se a administração Trump continuar questionando decisões nacionais, receberá respostas na mesma intensidade.
A mudança na postura diplomática marca uma nova fase na relação entre Brasil e Estados Unidos. Com isso, o governo Lula sinaliza que não aceitará interferências externas. E, portanto, que qualquer tentativa de ingerência será prontamente rebatida.