
Ibovespa tem pequeno ganho; Casas Bahia se destaca; B3 recua com ameaça de concorrência.
No primeiro pregão de março, o Ibovespa registrou uma leve alta de 0,12%, com Casas Bahia liderando os ganhos após reperfilamento de dívidas. Petrobras e Vale tiveram desempenho fraco. Destaque negativo foi a queda da B3 devido ao risco de concorrência com uma nova bolsa no Brasil.
Desempenho misto no mercado brasileiro, com ganhos moderados e perdas pontuais, enquanto Casas Bahia se destaca e B3 enfrenta desafio de competição
No início do mês de março, o mercado acionário brasileiro apresentou um cenário misto, com o Ibovespa registrando uma leve alta de 0,12%, fechando aos 129.180,37 pontos. O destaque positivo do dia foi a valorização das ações da Casas Bahia, que avançaram 7,52% após o anúncio de um reperfilamento de dívidas no valor de R$ 1,5 bilhão, em uma negociação com um grupo de instituições financeiras.
Por outro lado, o desempenho das ações da Petrobras e da Vale foi fraco, contribuindo para limitar os ganhos do Ibovespa. As ações da Petrobras tiveram uma leve queda de 0,02% e 0,10% para PETR3 e PETR4, respectivamente, enquanto as da Vale recuaram 0,16%.
Entre os bancos, houve um desempenho mais favorável, com os papéis do Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil registrando ganhos modestos.
No entanto, as perdas foram evidentes em outras áreas do mercado. A ação da B3SA3, por exemplo, enfrentou um declínio de 3,20% devido à notícia de que a Mubadala Capital planeja abrir uma bolsa no Brasil até o segundo semestre de 2025, aumentando a competição no setor.
Além disso, outras empresas como SMTO3, PCAR3 e CRFB3 também registraram quedas significativas, pressionadas por diversos fatores, desde variações nos mercados internacionais até questões específicas relacionadas aos setores em que atuam.
Movimento de queda do dólar frente a emergentes no início de março reflete expectativa de estímulos na China
O dólar iniciou o mês de março em um declínio modesto em relação a moedas emergentes, como o real brasileiro, evidenciando uma tendência internacional. Este movimento é atribuído às expectativas de estímulos econômicos que se esperam que a China anuncie durante as reuniões plenárias anuais de seu governo, programadas para a próxima semana.
A possibilidade de medidas de apoio à economia chinesa impulsionou não apenas as moedas, mas também o mercado de commodities, beneficiando países produtores.
Apesar de sinais contraditórios da economia chinesa, com dados oficiais apontando para uma queda na atividade industrial e leituras alternativas sugerindo um ligeiro crescimento, o mercado permaneceu confiante na possibilidade de estímulos.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, as declarações de Tom Barkin, membro do Federal Reserve de Richmond, sugerindo uma abordagem cautelosa em relação aos cortes de juros, inicialmente fortaleceram o dólar. Contudo, dados mistos da economia americana acabaram por manter a pressão de baixa sobre a moeda.
No cenário nacional, os investidores voltaram sua atenção para os números do Produto Interno Bruto (PIB), que mostraram um crescimento anual de 2,9%, embora tenha permanecido estável no quarto trimestre em comparação com o anterior. Esse cenário de estagnação trimestral indica uma desaceleração econômica, possivelmente influenciando a decisão do Banco Central em relação à taxa Selic.
O dólar encerrou o dia em baixa de 0,35%, cotado a R$ 4,9553, após flutuações entre R$ 4,9467 e R$ 4,9746. Na semana, a moeda norte-americana registrou um recuo de 0,76%. No mercado futuro, o dólar para abril também apresentou queda de 0,33%, cotado a R$ 4,9675.
No mercado internacional, o índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, recuou 0,27%, enquanto o euro e a libra esterlina mostraram ganhos de 0,31% e 0,28%, respectivamente.