O Ibovespa, principal indicador do mercado acionário brasileiro, fechou o primeiro pregão de 2025 em baixa de 0,13%, atingindo 120.125,39 pontos. A marca registrada na sessão de quinta-feira representou um recuo modesto, mas que o levou a alcançar a mínima de 119.119,53 pontos, a menor desde junho de 2024.
O desempenho das ações da Petrobras (PETR4) foi um dos fatores que ajudaram a mitigar a queda do índice. As ações da gigante petrolífera avançaram no pregão, contribuindo de maneira significativa para a contenção da baixa do Ibovespa, que viu o setor de energia se destacar, apesar da pressão dos papéis de outros setores.
“O mercado começou o ano com um sentimento misto, influenciado pela volatilidade global e pelos desafios econômicos internos”, afirmou José de Lima, analista de mercado da XP Investimentos. “Petrobras, sendo uma das maiores empresas da bolsa, tem o poder de limitar quedas em momentos de incerteza”.
No entanto, a dinâmica dos mercados globais também pesou na performance do índice. O recuo no preço das commodities e o aumento das incertezas quanto à política monetária dos Estados Unidos, com o Federal Reserve possivelmente mantendo a taxa de juros elevada, foram fatores adicionais de cautela.
Em termos de volumes, o Ibovespa registrou 17,5 bilhões de reais em transações no pregão, abaixo da média diária registrada em 2024. O próximo pregão deve indicar como o mercado reagirá a estes e outros fatores macroeconômicos no início de 2025.
Apesar de leve, o desempenho da Bolsa reflete um cenário de atenção redobrada por parte dos investidores, que observam os movimentos políticos e econômicos em um ano de expectativa de recuperação gradual.
Indicadores:
- Ibovespa: -0,13%, 120.125,39 pontos
- Mínima: 119.119,53 pontos
- Máxima: 120.781,81 pontos
- Volume negociado: R$ 17,5 bilhões