O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 1,45% em junho. No mês anterior, a taxa havia sido de -2,33%. Com este resultado, o índice acumula variação de -4,96% no ano e de -7,44% em 12 meses. Em junho de 2022, o índice havia subido 0,62% e acumulava elevação de 11,12% em 12 meses.
“Quedas menos intensas registradas nos preços do milho (de -16,85% para -11,75%) e da soja (de -7,71% para -3,61%) contiveram a deflação ao produtor. Já no IPC, o bom comportamento dos preços dos alimentos, que caíram 0,36%, e a redução dos impostos para veículos zero km, cujos preços recuaram 5,47%, abriram espaço para que os preços ao consumidor recuassem em média 0,10%. Por fim, na construção civil, os salários avançaram 1,46%, fazendo o INCC registrar alta de 0,71%, ante 0,59% em maio”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 2,13% em junho. No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 3,37%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -0,71% em maio para -1,05% em junho. O principal responsável pela desaceleração da taxa foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,26% para -1,54%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,46% em junho, após variar -0,02% em maio.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -3,24% em maio para -1,73% em junho. O principal responsável pela queda menos intensa foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -12,28% para -5,28%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,16% em junho, ante queda de 1,59%, no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu -3,71% em junho, contra queda de 6,11% em maio. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (-11,89% para -2,19%), soja em grão (-7,71% para -3,61%) e milho em grão (-16,85% para -11,75%). Em sentido oposto, vale citar os seguintes itens: leite in natura (3,43% para -4,76%), café em grão (-3,84% para -8,65%) e aves (0,08% para -3,75%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,10% em junho, após variar 0,08% em maio. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (-0,22% para -1,14%), Alimentação (0,41% para -0,36%), Habitação (0,85% para 0,23%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,73% para 0,19%), Despesas Diversas (0,94% para 0,12%) e Comunicação (0,22% para 0,14%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: automóvel novo (0,26% para -5,47%), laticínios (1,91% para -0,45%), gás de bujão (0,79% para -2,71%), artigos de higiene e cuidados pessoais (0,74% para -0,39%), jogo lotérico (11,77% para 0,00%) e tarifa de telefone móvel (0,62% para 0,12%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-3,37% para 0,87%) e Vestuário (0,46% para 0,50%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-17,91% para 4,77%) e roupas (0,50% para 0,57%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,16% em junho, ante 0,38% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 28 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 13 apresentaram taxas abaixo de -0,39%, linha de corte inferior, e 15 registraram variações acima de 0,60%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 53,87%, 9,03 pontos percentuais abaixo do registrado em maio, quando o índice foi de 62,90%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,71% em junho, ante 0,59% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (-0,13% para -0,09%), Serviços (0,51% para 0,27%) e Mão de Obra (1,22% para 1,46%).