- No terceiro trimestre de 2023, a pobreza na Argentina caiu para 38,9%, e a pobreza extrema (indigência) recuou para 8,6%
- O governo de Javier Milei implementou políticas que reduziram a inflação e melhoraram a distribuição de recursos para os mais vulneráveis
- Especialistas apontam uma diminuição da pobreza, com a taxa estimada para o segundo semestre de 2023 em torno de 40%
- Apesar dos avanços, a inflação alta ainda impacta o poder de compra da população, exigindo mais medidas para garantir estabilidade econômica
A Argentina apresentou uma redução significativa no índice de pobreza no terceiro trimestre de 2023, de acordo com um relatório do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS). Orgão, no entanto, subordinado ao Ministério do Capital Humano.
O índice de pobreza caiu para 38,9% e a pobreza extrema, também conhecida como indigência, recuou para 8,6%. O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) divulgou esses dados nesta quinta-feira (20).
Medição oficial
A medição oficial da pobreza na Argentina ocorre semestralmente, e os números mais recentes indicaram uma taxa de 52,9% na primeira metade do ano.
A redução nos indicadores de pobreza foi uma das principais conquistas do governo atual, que tem adotado políticas econômicas para estabilizar a economia e controlar a inflação.
O relatório destaca que a indigência, que atingiu 20,2% no primeiro trimestre de 2023, já havia registrado uma queda para 16% no segundo trimestre.
Esse avanço é uma consequência direta da política econômica implementada, com um foco maior nas transferências de recursos para as populações mais vulneráveis. O Ministério do Capital Humano comunicou que as transferências passaram a ser feitas de maneira mais direta e transparente, eliminando intermediários.
Gestão Milei
No início da gestão do presidente Javier Milei, cerca de 50% dos recursos destinados às populações vulneráveis eram canalizados por meio de intermediários. Como as Unidades Executoras do programa Potenciar Trabajo, cantinas e cooperativas.
A outra metade dos recursos era transferida diretamente para as pessoas necessitadas. A mudança no modelo de distribuição de recursos garantiu que os fundos chegassem efetivamente aos mais necessitados.
Apesar de algumas variações nos cálculos apresentados, especialistas ouvidos pelo jornal La Nación concordam com a tendência de redução da pobreza no país.
Segundo Martín Rozada, especialista da Universidade Torcuato Di Tella (UTDT), os dados da distribuição de renda no terceiro trimestre indicam que a taxa de pobreza estava próxima de 39%. Para o semestre de abril a setembro, a taxa de pobreza estimada é de 44,9%, com a pobreza extrema atingindo cerca de 11%.
Rozada também observa que, se a evolução da renda das famílias continuar de forma positiva e a inflação dos itens essenciais desacelerar, a pobreza na Argentina pode cair ainda mais nos próximos meses.
Ele prevê que a taxa de pobreza do segundo semestre de 2023 possa se situar em torno de 40%. Ainda, com uma taxa de indigência de aproximadamente 11%.
Situações de vunerabilidade
Embora a redução da pobreza seja um avanço considerável, os números ainda indicam que uma grande parte da população argentina vive em condições de vulnerabilidade.
O governo de Javier Milei continuará implementando medidas para garantir a estabilidade econômica e reduzir a desigualdade social. Assim, com foco na melhora da distribuição de renda.
No entanto, os desafios econômicos continuam a ser uma realidade no país. A inflação, que permanece alta, impacta diretamente o poder de compra da população. Assim, o que torna difícil para muitas famílias saírem da linha da pobreza.
O governo espera que, com o tempo, a implementação das políticas fiscais e sociais, somadas ao controle da inflação, consiga promover uma recuperação econômica mais sustentável.
Em resumo, a Argentina está testemunhando uma desaceleração na taxa de pobreza e uma diminuição significativa da pobreza extrema, com o governo de Milei conseguindo implementar políticas que visam a redução da desigualdade social. No entanto, o país ainda enfrenta desafios econômicos que exigem atenção contínua para garantir um crescimento mais inclusivo e duradouro.