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Irmãos Batista: Ex-ministro do STF agora prestará consultoria para a JBS

Foto/Reprodução GDI
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Ex-ministro Ricardo Lewandowski se junta ao time jurídico da JBS em litígio bilionário com a indonésia Paper Excellence.

Ricardo Lewandowski, ex-ministro e recém-aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), foi contratado pelo Grupo J&F, controlador da JBS, para atuar como consultor sênior em uma das maiores disputas societárias do capitalismo brasileiro.

A litigância bilionária com a Paper Excellence da Indonésia envolve a Eldorado Papel e Celulose, uma megaplanta de exportação em Três Lagoas (MS). Lewandowski entrou no time jurídico da J&F uma semana após deixar o Supremo, ao atingir a idade compulsória de aposentadoria, 75 anos. Os valores de seu contrato são mantidos em sigilo.

Lewandowski é a nova adição à equipe jurídica da JBS em contenda bilionária com empresa indonésia

Recém-aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro Ricardo Lewandowski foi contratado para atuar como consultor sênior do Grupo J&F na disputa com a Paper Excellence pela Eldorado Papel e Celulose.

A J&F é uma holding que controla a JBS, a maior produtora de carne do mundo. Lewandowski foi contratado para escrever dois pareceres e atuar como consultor, com os valores envolvidos mantidos em sigilo.

A disputa pela Eldorado envolve R$ 15 bilhões, e os gastos da J&F com a defesa nos tribunais já atingem centenas de milhões de reais. Lewandowski se junta a uma equipe jurídica que inclui o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, César Asfor Rocha, e o ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Manoel de Queiroz Pereira Calças.

A Paper Excellence, por outro lado, contratou consultores influentes como o ex-presidente Michel Temer e o ex-governador de São Paulo, João Doria. Ambos têm forte trânsito nas cortes superiores e no tribunal paulista.

A disputa pela Eldorado começou em 2017, quando a J&F vendeu a Eldorado para a Paper Excellence como parte de um acordo de leniência de R$ 11 bilhões assinado com o Ministério Público Federal na Lava Jato. O contrato de venda foi suspenso em 2018, e uma arbitragem foi iniciada para resolver as diferenças entre as duas empresas.

A J&F atualmente tenta anular a decisão da arbitragem na justiça. A empresa alega ter sido alvo de “espionagem cibernética” contratada pela Paper, entre outras acusações. Esses argumentos foram rejeitados pela Justiça duas vezes. A J&F recorreu, e o caso agora depende de uma decisão do Grupo Especial de Câmaras Empresariais do TJ-SP.

Os detalhes do caso, incluindo os possíveis desdobramentos, continuam em aberto, com a situação legal ainda por ser resolvida.

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