Confiança

Líder do governo do Senado defende Lula e aposta em sua reeleição

Líder do governo no Senado critica especulações sobre a saúde de Lula e fala sobre o desafio de renovação do PT.

Imagem/Reprodução: PT logo
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  • Jaques Wagner admite que a comunicação do governo Lula precisa ser mais eficaz para esclarecer as ações positivas do governo
  • A comunicação será um dos focos da reforma ministerial prevista para 2025, visando melhorar a transparência
  • Wagner aponta que a ausência de uma narrativa clara causa desconexão entre o governo e a população
  • Wagner acredita que Lula tem chances de reeleição em 2026, caso o governo supere desafios, especialmente na comunicação e renovação do PT

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), não apenas defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação às críticas sobre sua saúde e à possibilidade de reeleição, como também reconheceu um dos maiores desafios enfrentados no terceiro mandato do presidente: a comunicação do governo.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Wagner abordou diversos pontos sobre o atual momento político. Mas dedicou parte de sua análise à falha de narrativa do governo federal.

Comunicação eficiente

Segundo o líder do governo, uma das maiores dificuldades neste terceiro mandato de Lula é a falta de uma comunicação mais eficiente, que explique claramente à população as ações positivas do governo.

“Falta uma narrativa mais qualificada do que a gente está fazendo; é a sensação de muita gente. E é até uma certa agonia do presidente, por achar que não é dado conhecimento total às pessoas daquilo que está sendo feito de maneira positiva, ou seja, a famosa narrativa”, afirmou Wagner.

Ele acredita que o governo ainda não conseguiu encontrar uma forma adequada de comunicar suas ações de maneira clara e eficaz para o público.

Essa dificuldade de comunicação, segundo Wagner, gera uma sensação de desconexão com a população. Além de uma falta de entendimento sobre os benefícios reais das ações do governo, o que pode afetar a percepção pública do trabalho realizado até o momento.

“A gente ainda não encontrou, como grupo político, uma embocadura disso aí”, completou.

Para Wagner, o problema de comunicação é uma das questões que ele abordará na reforma ministerial prevista para o início de 2025.

A área de comunicação, que recebeu críticas nos primeiros anos do mandato, precisará ser reformulada para garantir uma comunicação mais eficaz e alinhada com os objetivos do governo.

Reforma ministerial

A reforma ministerial, que ocorrerá no início do ano, será uma oportunidade de reestruturar as áreas de maior importância para o governo. Ainda, incluindo a comunicação, de modo a aumentar a transparência e melhorar a relação com a população.

A falta de uma narrativa convincente é uma preocupação crescente entre os aliados do presidente. Que percebem, no entanto, que uma comunicação falha pode impactar negativamente a imagem do governo e prejudicar o entendimento das ações e conquistas do Executivo.

Para Jaques Wagner, a construção de uma comunicação mais eficaz é fundamental para garantir que a população compreenda as medidas adotadas. No entanto, também é importante compreender os avanços alcançados e os objetivos a serem atingidos nos próximos anos.

A crítica de Wagner se alinha com a percepção de que o governo tem enfrentado dificuldades para transmitir sua mensagem de forma clara e coesa, especialmente em um cenário de crise econômica e desafios fiscais.

A falta de uma narrativa convincente tem gerado desconfiança em alguns setores da sociedade e prejudicado o apoio popular.

Melhora na gestão política

A reforma ministerial, que já está sendo discutida nos bastidores, é vista como uma oportunidade de corrigir essas falhas, incluindo a área de comunicação. E, melhorar a gestão política do governo.

Para Wagner, essa reformulação será essencial para que o governo consiga enfrentar os desafios políticos e conquistar maior apoio popular, especialmente com as eleições de 2026 no horizonte.

Em meio a esses desafios, Jaques Wagner continua confiante na capacidade de Lula de conduzir o país. Ele aposta na reeleição do presidente, apesar das dificuldades enfrentadas. E, ainda, acredita que o governo tem condições de se recuperar e avançar, desde que consiga melhorar a comunicação e transmitir uma mensagem mais clara e eficaz para a população.

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