Lula é o novo preferido?

Lula é o favorito para 2026, mas incertezas geram questionamentos

Pesquisa Genial/Quaest revela crescimento de apoio ao presidente, mas também alta rejeição a Bolsonaro e outros possíveis candidatos.

Foto/Reprodução: Lula foto oficial
Foto/Reprodução: Lula foto oficial | Foto/Reprodução: Lula foto oficial
  • Pesquisa Genial/Quaest mostra que 52% dos eleitores que conhecem o presidente votariam em sua reeleição para 2026
  • Ex-presidente Jair Bolsonaro tem a maior taxa de rejeição, com 57% dos eleitores afirmando que não votariam nele
  • Nome de Michele Bolsonaro tem 28% de apoio, e Tarcísio de Freitas surge como promissor, com 22% de intenções de voto entre os que o conhecem
  • Embora a maioria ainda se oponha, cresce o apoio à ideia de Lula disputar um novo mandato, com 45% defendendo sua candidatura em 2026

Em um cenário político marcado por incertezas sobre sua saúde, após a recente cirurgia a que foi submetido, o presidente Lula (PT) se mantém como o favorito para as eleições presidenciais de 2026.

De acordo com a mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (12), Lula lidera a preferência dos eleitores. Mesmo apesar das dúvidas que surgiram sobre sua capacidade de disputar uma reeleição.

A pesquisa, realizada entre os dias 4 e 9 de dezembro, aponta que 52% dos entrevistados que conhecem o atual presidente votariam em sua reeleição. Enquanto 45% afirmam que não votariam nele.

Inelegível

A pesquisa também revela que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível devido a questões legais e alvo de investigações da Polícia Federal, apresenta a maior rejeição entre os nomes mencionados para a corrida presidencial de 2026.

Entre os que conhecem Bolsonaro, apenas 37% votariam nele. Enquanto 57% declaram que não votariam em seu nome, um cenário de rejeição considerável.

Além de avaliar a intenção de voto, a pesquisa Genial/Quaest também analisou a aprovação do governo Lula. Após o anúncio de medidas fiscais e da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, a aprovação do presidente subiu para 52%. Contudo, o que pode ter contribuído para o fortalecimento de sua imagem.

No entanto, a pesquisa também apontou que, apesar do crescimento da aprovação, o número de eleitores que se arrependeram de ter votado nele nas eleições de 2022 também aumentou. Dessa forma, passando de 7% para 9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Demais nomes

Enquanto Lula lidera, o nome mais cotado entre os entrevistados para ser o candidato governista caso ele não se reeleja é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Haddad é conhecido por 31% dos eleitores e, entre os que o conhecem, 31% afirmam que votariam nele, enquanto 52% rejeitam sua candidatura.

Ciro Gomes (PDT) também é citado como uma alternativa dentro da esquerda. Assim, com 29% de apoio, e a mesma taxa de rejeição de Haddad.

Oposição

Do outro lado, na oposição, o cenário se torna mais disperso, com diversos nomes tentando se firmar como possíveis candidatos. A ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL) é uma das figuras mais mencionadas, com 28% de apoio entre os que a conhecem, e uma taxa de rejeição de 51%.

Outro nome que ganha espaço na direita é o de Pablo Marçal (PRTB), com 25% de apoio, mas 43% de rejeição. No entanto, ambos enfrentam a dificuldade de conquistar um eleitorado maior. Ainda, com grande parte da população ainda dizendo não conhecê-los.

Entre os possíveis nomes da direita, o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), surge como uma figura com grande potencial de crescimento. Embora 45% dos entrevistados não o conheçam, entre os que têm alguma opinião sobre ele, 22% afirmam que votariam em Tarcísio, enquanto 33% indicam que não votariam nele.

Apesar da liderança de Lula na pesquisa, a dúvida sobre sua candidatura em 2026 segue presente. A pesquisa também questionou os eleitores sobre se o presidente deveria tentar a reeleição.

Reeleição de Lula

A maioria ainda se opõe à ideia, mas esse número diminuiu em comparação com a pesquisa de outubro, passando de 58% para 52%. Aqueles que defendem uma nova candidatura de Lula cresceram de 40% para 45%. Dessa forma, o que indica uma mudança na percepção pública, possivelmente influenciada pelo desempenho do governo nas áreas fiscais e tributária.

É interessante notar que, apesar de Lula ser o líder nas intenções de voto, o percentual de arrependidos por tê-lo escolhido em 2022 continua a crescer. Embora de forma gradual.

Este fenômeno é acompanhado por um aumento ainda mais significativo de arrependidos entre os eleitores de Jair Bolsonaro. Ainda, com o número passando de 6% para 11% em relação ao ano passado.

O cenário para as eleições de 2026 permanece em aberto, com Lula ainda como o favorito, mas com uma forte concorrência tanto na oposição quanto na base governista.

A saúde do presidente, sua reeleição e a evolução do cenário político nos próximos meses serão fatores decisivos na formação das preferências eleitorais.

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