Itamaraty se pronuncia

Lula silencia sobre queda do ditador Bashar Al-Assad na Síria

Itamaraty manifesta preocupação com a escalada de hostilidades e reafirma apoio à solução política do conflito.

bashar-al-assad - reprodução: redes sociais
bashar-al-assad - reprodução: redes sociais
  • O governo Lula adota uma posição cautelosa sobre o conflito na Síria, evitando polêmicas semelhantes às de outros conflitos internacionais
  • O Ministério das Relações Exteriores expressou preocupação com a escalada das hostilidades e pediu respeito ao direito internacional
  • O Brasil recomendou que seus cidadãos deixem a Síria, mas ainda não anunciou uma operação de resgate
  • O Brasil apoia uma solução política negociada para o conflito, respeitando a soberania e a integridade territorial da Síria

O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem adotado uma postura cautelosa em relação ao conflito na Síria, dada a complexidade da situação no Oriente Médio e a agenda interna carregada no Brasil.

A expectativa é de que o governo se distancie de polêmicas internacionais, como aquelas geradas por manifestações anteriores de Lula sobre outros conflitos, como o da Ucrânia e em Israel.

Dessa forma, o Ministério das Relações Exteriores tem se concentrado em transmitir as declarações oficiais sobre o assunto, com o objetivo de evitar intervenções controversas.

O conflito

Desde o início da escalada de violência na Síria, o Itamaraty se manifestou rapidamente, emitindo uma nota na noite de sábado, antes mesmo da queda de Bashar al-Assad, que detalha as preocupações do Brasil sobre o conflito.

A nota do Ministério das Relações Exteriores expressa a preocupação do governo brasileiro com o aumento das hostilidades na Síria.

O documento enfatiza a necessidade de assegurar a integridade da população e da infraestrutura civis, reforçando a importância do respeito ao direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário.

Defesa

O Brasil também reafirma a defesa da unidade territorial síria e das resoluções pertinentes do Conselho de Segurança da ONU, destacando que a solução política do conflito deve ser baseada no respeito à soberania e à integridade territorial do país.

A manifestação do Itamaraty também foi clara ao incentivar os brasileiros presentes na Síria a deixarem o país enquanto a situação continua a se agravar. No entanto, até o momento, o Brasil não anunciou a realização de uma operação de resgate para retirar seus cidadãos da região.

A recomendação é para que os brasileiros sigam os canais de comunicação da Embaixada para obter informações e orientações sobre a segurança.

Posição brasileira

Essa abordagem reflete a posição tradicional do Brasil em manter uma política externa que busca a diplomacia e a negociação como soluções para os conflitos internacionais.

O governo Lula tem sido cauteloso, evitando tomar partidos em disputas complexas que envolvem potências mundiais e aliados do Brasil. Isso se alinha com a decisão de não se envolver diretamente em polêmicas em torno de outros conflitos. Como o da Ucrânia, onde a postura do presidente gerou tensões internas e externas.

Prioridades internas

A postura de cautela reflete também as prioridades internas do governo, que busca focar nas questões domésticas. Ainda como, a recuperação econômica e o fortalecimento da democracia no Brasil, sem se envolver em controvérsias internacionais que possam desviar a atenção desses objetivos.

Dessa forma, a diplomacia brasileira continua a enfatizar o respeito ao direito internacional. Além do apoio a soluções políticas negociadas e a preservação da integridade territorial dos países envolvidos nos conflitos.

Enquanto isso, o Brasil segue acompanhando de perto a evolução da situação na Síria. Ainda, aguardando uma possível resolução do conflito por meio de negociações pacíficas e diplomáticas, e reafirma seu compromisso com a paz e a estabilidade no cenário internacional.

Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ
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