Conflito

Mentiras no IBGE? Servidores são acusados e crise se agrava

IBGE responde a críticas internas e defende ações na justiça contra definformação

Mentiras no IBGE? Servidores são acusados e crise se agrava

Em um comunicado divulgado ontem à noite, a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) rechaçou acusações feitas por servidores e ex-servidores e anunciou a possibilidade de acionar a Justiça contra a propagação de informações falsas. O presidente do instituto, Márcio Pochmann, denunciou as “mentiras sobre o próprio IBGE” e afirmou que o órgão seguirá o exemplo do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Advocacia-Geral da União (AGU) para combater a desinformação.

A crise interna, que teve início em setembro de 2023, foi intensificada na última semana, com o pedido de exoneração dos diretores Elizabeth Hypolito e João Hallack. A direção do IBGE confirmou que a expectativa é que a diretora de geociências, Ivone Batista, também solicite sua saída até o final do mês. Segundo fontes internas, os pedidos de exoneração são um reflexo do desgaste com a gestão de Pochmann, acusado de tomar decisões unilaterais.

Entre os principais pontos de discórdia estão a criação da Fundação IBGE+, a suspensão do teletrabalho integral e a mudança de sede de parte dos servidores. A presidência, no entanto, defendeu que a criação da Fundação IBGE+ foi amplamente discutida e aprovada pelo Conselho Diretor do IBGE, e que as mudanças no regime de trabalho, incluindo o retorno gradual ao trabalho presencial, foram uma medida necessária para a modernização do instituto.

A mudança de sede, que gerou críticas, tem como objetivo economizar R$ 15 milhões anuais. A presidência afirmou que a transferência de servidores do centro do Rio para o bairro do Horto permitirá uma economia de 84% nos custos operacionais. “Apesar dos ganhos substanciais, circulam informações inverídicas sobre as condições de trabalho e acesso”, disse o comunicado.

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