
- Meta lançará anúncios, assinaturas e canais promovidos na aba “Atualizações” do WhatsApp.
- Conversas pessoais seguem criptografadas e fora do alcance dos anunciantes.
- Mudança deve impulsionar as receitas da Meta nos próximos anos, especialmente em mercados emergentes.
O WhatsApp agora aposta em anúncios e canais pagos para ampliar sua receita. A Meta anunciou as novidades nesta semana, prometendo manter criptografia nas conversas privadas e garantir uma experiência segura aos usuários.
Novidades comerciais chegam à aba Atualizações
A Meta finalmente decidiu ativar a monetização do WhatsApp. A empresa revelou que os novos recursos pagos ficarão concentrados na aba “Atualizações”, onde já estão os canais e os Status. Com isso, a experiência principal do app permanece preservada.
O plano inclui três frentes. A primeira são assinaturas de canais, onde usuários poderão apoiar criadores de conteúdo com uma taxa mensal em troca de atualizações exclusivas. Em seguida vêm os canais promovidos, que ganham destaque no diretório. Por fim, os anúncios nos Status funcionarão como já ocorre no Instagram, aparecendo entre as postagens.
A Meta começará a liberar essas ferramentas nos próximos meses. Enquanto isso, administrações de canais, empresas e criadores poderão se organizar para usar os novos formatos, buscando mais visibilidade e engajamento. O objetivo da empresa é transformar o WhatsApp também em uma vitrine de negócios.
WhatsApp rompe com lema original
Durante anos, os fundadores do WhatsApp defenderam a ideia de que o app nunca teria anúncios. O lema “No ads! No games! No gimmicks!” representava esse compromisso. Todavia, o cenário mudou bastante após a aquisição pela Meta, que sempre buscou tornar o aplicativo lucrativo.
Hoje, o WhatsApp deixou de ser apenas uma ferramenta de mensagens. Ele integra chamadas de vídeo, comunidades, transmissões e agora também recursos comerciais. Esse crescimento aumentou os custos operacionais, e a monetização se tornou essencial para sustentar o modelo atual.
A aba “Atualizações” se revelou o espaço ideal para esse movimento. Diariamente, 1,5 bilhão de pessoas utilizam essa seção. Com tamanha audiência, a Meta viu a oportunidade perfeita para implementar mudanças sem interferir nas conversas privadas.
Experiência pessoal segue intacta
Mesmo com a chegada dos anúncios, a Meta reafirmou seu compromisso com a privacidade dos usuários. As mensagens, ligações e grupos continuam protegidos com criptografia de ponta a ponta. Nenhum dado dessas interações será utilizado para anúncios ou análises.
Além disso, a empresa garante que não repassará o número de telefone dos usuários a anunciantes. A personalização dos anúncios levará em conta dados básicos, como idioma, localização e canais seguidos. Quem ativar a Central de Contas poderá permitir o uso de mais informações, mas de forma opcional.
A Meta apresentou essas garantias para reforçar a segurança e manter a confiança dos usuários. Desde o início, os novos recursos foram desenvolvidos com foco na privacidade. A estratégia busca equilibrar a necessidade de receita com a proteção de dados.
Receita deve crescer com a mudança
A decisão de monetizar o WhatsApp responde à pressão de investidores, que por anos questionaram a falta de retorno financeiro. A Meta adquiriu o aplicativo por US$ 19 bilhões em 2014, mas ainda não havia explorado todo seu potencial econômico.
Especialistas acreditam que os impactos reais nas receitas virão em 2026. Mesmo assim, a movimentação atual já anima o mercado. O WhatsApp entra na rota dos negócios da Meta, ao lado de Facebook, Instagram e Messenger, todos já integrados a sistemas de anúncios.
Nos próximos meses, a Meta acompanhará a reação dos usuários. A empresa promete fazer ajustes sempre que necessário para manter a boa experiência no app. A expectativa é que o WhatsApp evolua, mantendo sua essência de comunicação simples, mas agora com novas possibilidades comerciais.