Em meio a um cenário de constantes oscilações no mercado financeiro, a Vale (VALE3) se destaca como a “queridinha” do mercado, sendo a mineradora preferida dos analistas para investimentos em janeiro. Isso é o que mostra um levantamento recente, que consultou as carteiras de 18 bancos, corretoras e casas de análise. A ação da Vale foi a campeã de recomendações no mês, recebendo 18 indicações, um número significativo que reflete a confiança do mercado na empresa.
Por outro lado, a Gerdau (GGBR4), embora com um número bem menor de recomendações (duas indicações), aparece como a única outra companhia do setor a ser destacada pelos analistas. Este interesse dos investidores nas ações da Gerdau sinaliza uma percepção positiva sobre a gestão e a solidez da empresa no mercado siderúrgico.
No entanto, outras siderúrgicas e mineradoras, como CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3) e Usiminas (USIM5), não receberam indicações no levantamento do mês, evidenciando uma preferência clara do mercado por Vale e Gerdau.
A preferência pela Vale (VALE3) pode ser atribuída a diversos fatores. Analistas do BTG, por exemplo, avaliam que a empresa oferece uma combinação atraente de robustez operacional e preços mais elevados do petróleo Brent. Essa conjuntura favorece a possibilidade de revisões positivas iminentes nos lucros da companhia, tornando suas ações um investimento potencialmente lucrativo.
Ágora Investimentos destaca a Vale como um player puro de exploração & produção, enfatizando o forte rali que levou a ação a novas máximas históricas. Isso foi acompanhado por uma revisão significativa para cima nos fundamentos da empresa, aumentando ainda mais seu atrativo para os investidores.
Por sua vez, a Gerdau (GGBR4) é vista como uma empresa bem gerida, com destaque para sua baixa alavancagem financeira, inferior a 0,5 vezes. Essa condição financeira sólida a capacita a enfrentar a volatilidade do mercado, uma característica valorizada pelos investidores. Além disso, o BB Investimentos mantém uma visão positiva sobre a Gerdau, mesmo considerando um cenário mais desafiador para a indústria siderúrgica no curto prazo. A empresa tem apresentado resultados sólidos e espera-se que continue conciliando a distribuição de proventos com investimentos estratégicos.
Essa análise do setor de mineração e siderurgia reflete uma tendência clara de preferência dos investidores pelas ações da Vale e, em menor grau, da Gerdau. Vale ressaltar que, embora outras empresas do setor não tenham recebido recomendações no levantamento, isso não necessariamente indica uma visão negativa sobre estas empresas, mas sim uma concentração de interesse nas ações que atualmente apresentam os melhores fundamentos e perspectivas de mercado.
Os investidores, ao considerarem onde alocar seus recursos, buscam empresas com sólida performance operacional, boa gestão e potencial de crescimento sustentável. A Vale e a Gerdau, neste momento, parecem atender a esses critérios, destacando-se como apostas promissoras no setor de mineração e siderurgia.
Hora de apostar em Vale?
Em um cenário marcado por incertezas e volatilidade, a Vale (VALE3) registra nesta quarta-feira (10) seu oitavo pregão consecutivo de queda na Bolsa de Valores. Até agora, em 2024, a ação da mineradora não teve um único fechamento positivo, uma tendência preocupante para os investidores. Por volta das 14h35, as ações da Vale eram negociadas a R$ 72,13, representando uma queda de 1,64% no dia.
Essa sequência de baixas é influenciada principalmente pela recente correção do preço do minério de ferro. Nos mercados asiáticos, a matéria-prima siderúrgica vem registrando quedas consecutivas, atingindo mínimas significativas. Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro alcançou o menor valor em quase três semanas, reflexo da demanda instável. Além disso, na Bolsa de Dalian, na China, os contratos futuros da commodity encerraram as negociações com queda de 3,02%, chegando a 962 iuanes (aproximadamente US$ 134,11) por tonelada, o menor valor desde 25 de dezembro.
A confiança do mercado quanto a potenciais anúncios de estímulos pelo governo chinês, visando acelerar a recuperação da segunda maior economia do mundo, está diminuindo. Isso, aliado ao acúmulo de produtos siderúrgicos e às perdas crescentes nas usinas, contribui para o cenário desfavorável, conforme aponta Zhuo Guiqiu, analista da Jinrui Futures.
Importante lembrar que, não muito tempo atrás, no final de dezembro, o minério de ferro ultrapassou os US$ 140 por tonelada. Esse contraste evidencia a instabilidade do mercado e a volatilidade dos preços da matéria-prima essencial para a indústria siderúrgica.
Diante desse contexto, surge a pergunta: Vale ainda é uma ação para comprar? O Itaú BBA recentemente atualizou a análise da Vale, reduzindo em US$ 1 o preço-alvo do ADR (American Depositary Receipt) da empresa, agora fixado em US$ 18. Essa revisão decorre da incorporação do novo guidance de capex da Vale e do aumento nas estimativas de custo de capital, fatores que, segundo o banco, superam a melhoria nos resultados operacionais devido ao aumento dos preços do minério de ferro.
No entanto, a recomendação do BBA para a Vale permanece como “outperform”, indicando um desempenho esperado acima da média do mercado. O banco continua a ver a Vale como a principal escolha no setor de mineração e siderurgia da América Latina.
O BBA avalia que a dinâmica do mercado de minério de ferro deve permanecer apertada, com uma produção sazonalmente mais fraca no primeiro trimestre de 2024, mas com uma produção de aço ainda resiliente na China. O banco também revisou para cima as estimativas de preço médio do minério de ferro para 2024, de US$ 110 para US$ 120 por tonelada, e ajustou as projeções para 2025 e para o longo prazo.
Além disso, o BBA menciona a recente performance da Vale, impulsionada por anúncios de pacotes de estímulos na China, focados em infraestrutura e habitação social, que podem ajudar a mitigar a fraqueza do mercado imobiliário. A expectativa é de um yield de fluxo de caixa livre sólido de 11% para a Vale em 2024, potencialmente distribuído via dividendos ou programa de recompra de ações.
Com a ação negociada a um múltiplo EV/Ebitda de 3,7 vezes para 2024, a Vale parece estar barata em relação aos níveis históricos, o que pode representar uma oportunidade para investidores que buscam ativos com potencial de valorização a longo prazo, apesar das incertezas atuais.
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