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Movida (MOVI3) reverte prejuízo e ações saltam mais de 10%

A Movida (MOVI3) divulgou seus resultados do 2T24, com números considerados fortes pelos analistas e os ativos saltam 12,22%, a R$ 7,07.

movida GDI
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  • A Movida (MOVI3), no entanto, divulgou seus números do segundo trimestre de 2024 (2T24)
  • Estes, com números considerados fortes e altos pelos analistas, baseado no aumento de tarifas
  • Com isso, às 10h27 (horário de Brasília) desta quarta (7), os ativos saltaram 12,22%, a R$ 7,07

A Movida (MOVI3), no entanto, divulgou seus números do segundo trimestre de 2024 (2T24). Estes, com números considerados fortes e altos pelos analistas, baseado no aumento de tarifas. Com isso, às 10h27 (horário de Brasília) desta quarta (7), os ativos saltaram 12,22%, a R$ 7,07.

A companhia, por sua vez, reportou lucro líquido de R$ 42,5 milhões no segundo trimestre, dessa forma, revertendo o prejuízo líquido de R$ 17,9 milhões registrado no mesmo período do ano passado. Isto, conforme divulgação realizada no período da noite da terça-feira (6), após seu fechamento do mercado financeiro. No “critério ajustado”, a cifra atingiu R$ 80,1 milhões ante um resultado negativo de R$ 15,5 milhões um ano antes.

Entre abril e junho, o Ebitda consolidado somou, no entanto, R$ 1,149 bilhão. A cifra, recorde para a companhia, representa crescimento de 29,2%. Isto, quando comparado ao mesmo intervalo de 2023 e superando a projeção do mercado em 8%.

Receita líquida e alavancagem

A receita líquida da Movida, também foi recorde, somando R$ 3,4 bilhões, alta anual de 38,6%. No segmento de locação (RAC), sua receita cresceu 30% ano contra ano, para R$ 1,6 bilhão. Em GTF, somou-se R$ 816 milhões, 46,2% acima do segundo trimestre do ano anterior.

A alavancagem encerrou o trimestre estável, isto, em 3,2 vezes dívida líquida/Ebitda. Nível que a companhia, no entanto, considera saudável frente ao atual cenário. Se caso atualizassem o Ebitda do período, a alavancagem seria de 2,8 vezes.

A Movida, por sua vez, divulgou a projeção de atingir um “yield médio mensal da frota operacional” no segmento RAC de 4,2% ao mês em 2024. No segundo trimestre, chegou, portanto, a 4% ante 3,5% um ano antes.

A média de depreciação, portanto, em RAC foi de R$ 6,4 mil por carro ao ano, com uma depreciação dos novos carros entre 8,0% e 9,0% ao ano.

“Esse valor está em linha ao do trimestre anterior, atingindo um patamar saudável”, afirmou a empresa no release de resultados.

A Movida, no entanto, explica que o resultado reflete o preço médio de aquisição da frota sendo implantada de R$ 75,7 mil por carro frente a R$ 81,4 mil por carro sendo desmobilizada. Ainda, combinando um ticket médio mais baixo, além de melhores condições comerciais com as montadoras.

Em GTF, a depreciação de forma anual, por carro operacional foi de R$ 8,9 mil. Isto, refletindo a renovação da frota com a venda de carros de cerca de 3 anos de idade.

Em análises

A Genial aponta, portanto, que a Movida apresentou resultados positivos que superaram as expectativas das análises e as do mercados. Apontaram também, que os números foram impulsionados pelo bom desempenho no segmento de locação, este refletido na expansão de receita e na forte margem Ebitda no segmento, e por um volume de venda de carros maior do que o esperado.

“Outra mensagem importante é que a companhia está muito aderente ao guidance divulgado no começo do ano. Neste trimestre, a Movida ficou acima de todas as metas estipuladas: aumentando de tarifa com redução do ticket médio da frota (expansão do yield), reduzindo os descontos na venda de seminovos, tanto no atacado quanto no varejo, e alocando de mais capital no GTF do que no RAC”, avalia.

Como descrito pelo Estadão, a Genial ressalta enxergar as ações de Movida negociando a um múltiplo de preço sobre o lucro de 13,5 vezes para 2024, inferior às empresas comparáveis. “A recomendação segue de compra, com preço-alvo de R$ 13,00. Nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 11,00, com base em: 1) caminhando para atingir uma meta de spread do RoIC de 4pp a 7pp; 2) MOVI3 negociando a 5,4x o múltiplo P/L esperado para 2025, um desconto de 47% em relação aos pares e 0,8x o EV/valor da frota; e 3) expectativa de recuperação dos preços dos carros usados no Brasil, que deve sustentar a taxa de depreciação do segmento RAC (aluguel de veículos) em 8%-9%.”

A XP, no entanto, também destacou o aumento de tarifa, com um desempenho positivo em 10% no Rent-a-Car (RaC) anualmente, com a gestão focada na recomposição de yields para melhorar os níveis de rentabilidade.

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