
- Nubank confirma a saída de membros importantes
- Saídas indicam incertezas no futuro da empresa
- Banco terá desafio de equilibrar crescimento e rentabilidade
Nesta semana a Nubank confirmou a saída de dois dos seus principais executivos: Jag Duggal, Chief Product Officer, e Jorg Friedmann, Diretor de RI. As decisões anunciadas recentemente pegaram o mercado financeiro de surpresa, pois acontecem em um momento de grande expansão do banco digital.
importância de Duggal como CPO da Nubank
Jag Duggal, que deixará oficialmente o cargo no fim de abril, atuava como CPO desde 2020. O executivo foi quem tomou a dianteira em diversas iniciativas da empresa, a exemplo do cartão ultravioleta e das linhas de investimentos que aumentaram a perspectiva de serviços da fintech nos últimos anos.
Além disso, segundo a Nubank, Jag decidiu deixar o cargo devido a questões pessoais, mas ainda atuará como consultor estratégico depois que oficializar sua saída. Ainda não houve nenhum pronunciamento sobre o sucessor no posto de CPO da companhia, mas foi dito que o processo de transição já havia iniciado.
Jag Duggal liderou o time de produtos em 2021, período em que a empresa realizou seu IPO na Bolsa de Nova York, consolidando a marca como potência no setor financeiro latino-americano. Ainda assim, a saída do executivo ocorre em um momento de crescimento, com a Nubank atingindo mais de 90 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia.
O mercado entende que a saída de Duggal pode gerar incertezas sobre os futuros desenvolvimentos de novos produtos e serviços. Isso ocorre devido a entrada de grandes bancos no setor digital e ao ambiente cada vez mais competitivo.
Diretor de RI também deixa o cargo
A Nubank também divulgou que Jorg Friedemann, seu atual Diretor de Relações com Investidores, abandonará o cargo durante os próximos meses. Com experiências em grandes instituições financeiras como Citi, UBS e Bank of America, ele se uniu ao banco no ano de 2022.
Durante sua passagem, Jorg atuou como interlocutor entre a marca e o mercado, em especial com os investidores após a abertura de capital da empresa. O executivo seguiu com a fintech mesmo em tempos de instabilidade nas ações, sendo responsável por apresentar os balanços financeiros em conferências públicas e relatórios oficiais
Saídas indicam desafios
Mesmo com a Nubank reiterando seu comprometimento com a continuidade da sua estratégia de crescimento, as saídas de dois nomes relevantes levantam questionamentos acerca do futuro da liderança.
Analistas de mercado alertam que a saídas podem influenciar o ritmo do lançamento de novos produtos e a comunicação com investidores estrangeiros.
Recentemente, relatórios da Confederação Nacional do Transporte (CNT), indicaram a necessidade de adquirir estabilidade em momentos de expansão. Sendo assim, o banco, avaliado em mais de US$40 bilhões na IPO de 2021, buscará manter o equilíbrio entre o crescimento agressivo e a rentabilidade.
Além disso, o banco também enfrenta a concorrências de outros bancos digitais e instituições tradicionais que aumentaram suas operações online.
Por outro lado, o contexto atual mostra que o Nubank foi certeiro em suas parcerias estratégicas. Avançando em acordos com empresas de tecnologia e investimentos na expansão para o mercado mexicano, onde a fintech conta com muitos clientes. Fontes internas confirmam que o banco continuará investindo pesado em inovação, independente das mudanças de lideranças