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Para o infinito e além? Novembro "perfeito" na B3 renova a esperança dos investidores

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

O mês de novembro foi marcado por um desempenho surpreendente no mercado de ações brasileiro, com o Ibovespa fechando em alta e atingindo máximas que não eram vistas desde 2021. O índice registrou um impressionante crescimento mensal de 12,54%, consolidando-o como o melhor desempenho mensal em três anos, desde novembro de 2020.

Magazine Luiza (MGLU3): Uma Reviravolta Surpreendente

As ações do Magazine Luiza foram uma das maiores surpresas de novembro. Embora tenham enfrentado desafios no início do mês, com suas ações chegando perto de serem consideradas penny stocks, a empresa se recuperou de forma impressionante. Vários fatores contribuíram para esse desempenho, incluindo a melhoria na curva de juros e a abordagem mais racional na gestão de crescimento e rentabilidade. Durante a Black Friday, a empresa registrou a maior margem de contribuição de todos os tempos, o que impressionou os investidores.

Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3): Fortalecimento no Setor Alimentício

No setor alimentício, tanto a Marfrig quanto a BRF tiveram um mês positivo. A Marfrig divulgou resultados mistos, mas seu Ebitda ajustado superou as expectativas do mercado. Além disso, a empresa anunciou um plano de recompra de ações, o que atraiu investidores. A BRF destacou projeções otimistas para o quarto trimestre, impulsionadas pelas marcas Sadia e Perdigão. Embora tenha registrado um prejuízo no terceiro trimestre, a empresa viu melhorias em suas operações no Brasil.

CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3): Dividendos e Minério de Ferro em Alta

As empresas CSN e CSN Mineração também se destacaram em novembro. Ambas anunciaram a distribuição de dividendos intercalares, o que agradou os investidores. Além disso, o otimismo em torno do minério de ferro, que teve um aumento significativo nas últimas semanas, contribuiu para o crescimento dessas empresas. Apesar de resultados menos positivos no segmento de siderurgia, a CSN revisou suas projeções de produção de minério de ferro para cima, o que agradou os investidores.

Petroleiras e Outras Empresas em Queda

No lado oposto do espectro, algumas petroleiras enfrentaram quedas em novembro, principalmente devido à baixa nos preços do petróleo. O petróleo WTI e o Brent registraram quedas ao longo do mês, com preocupações sobre a demanda global e eventos geopolíticos influenciando os preços. Empresas como 3R Petroleum, PetroReconcavo e PRIO foram afetadas por essas quedas.

GPA (PCAR3): Reticência em Meio à Reestruturação As ações do GPA, apesar de resultados melhores no terceiro trimestre, enfrentaram um cenário de incerteza devido à reestruturação da empresa. Embora tenha relatado vendas resilientes e avanços na implementação de estratégias de reestruturação, a alta alavancagem financeira da empresa ainda preocupava os investidores. A venda da participação na CNova para o Casino também gerou algumas dúvidas.

São Martinho (SMTO3) e Cemig (CMIG4): Desafios no Setor Sucroenergético e Energia As ações da São Martinho enfrentaram quedas em novembro devido a desafios no setor sucroenergético. A queda nos preços do petróleo fez o etanol parecer menos atrativo, afetando o desempenho da empresa. Além disso, os resultados do segundo trimestre do ano safra de 2024 foram considerados desafiadores, apesar dos avanços no setor de açúcar.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) também enfrentou uma queda no mercado após a concordância da proposta de repasse de ativos do governo de Minas Gerais para a União. A incerteza em torno desse processo e a possível federalização das empresas levaram a uma queda nas ações da Cemig.

Por fim, as ações da Minerva enfrentaram uma queda significativa após a divulgação de resultados do terceiro trimestre. Apesar de alguns esforços da empresa em fornecer maior divulgação sobre sua estratégia de exportação e arbitragem, o ceticismo persiste em relação à aquisição de plantas de abate da Marfrig e à contribuição esperada desses novos ativos.

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