Projeção de crescimento

Previsão de crescimento do PIB cai para 1,9%, aponta BC

O Banco Central (BC) revisou para baixo sua projeção de crescimento para a economia brasileira em 2025, reduzindo a estimativa do PIB.

pib brasil widexl
pib brasil widexl
  • Crescimento menor: Banco Central reduz previsão do PIB de 2,1% para 1,9%
  • Inflação persistente: Projeção segue acima do teto da meta ao longo de 2025
  • Cautela econômica: Setores cíclicos desaceleram, mas agropecuária e consumo sustentam atividade no curto prazo

O Banco Central (BC) revisou para baixo sua projeção de crescimento para a economia brasileira em 2025, reduzindo a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1% para 1,9%.

O ajuste foi divulgado no Relatório de Política Monetária desta quinta-feira (27) e reflete uma moderação no ritmo da atividade econômica. Especialmente, em setores mais sensíveis ao ciclo econômico, como consumo das famílias e investimentos.

A nova previsão do BC é mais pessimista que a do Ministério da Fazenda, que mantém uma expectativa de crescimento de 2,3%, podendo chegar a 2,5% segundo declarações recentes do ministro Fernando Haddad. O mercado financeiro, por sua vez, projeta um crescimento de 1,98%, conforme a última pesquisa Focus.

O documento do BC destaca que, apesar da desaceleração em setores cíclicos, fatores pontuais impulsionarão a economia no primeiro trimestre. Assim, como a forte alta esperada na agropecuária, o reajuste do salário mínimo e a liberação de recursos do FGTS. No entanto, o BC pondera que esses efeitos têm caráter sazonal, exigindo cautela na interpretação dos dados de início de ano.

Inflação segue acima da meta

O Banco Central também alertou que a inflação permanecerá acima do teto da meta ao longo de 2025. A projeção indica um índice acumulado de 5,5% a 5,6% nos três primeiros trimestres do ano, caindo para 5,1% em dezembro.

O centro da meta estabelecida para a inflação é de 3%. Ainda, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

A inflação deve começar a ceder apenas a partir do último trimestre de 2025, alcançando 3,7% em 2026 e 3,1% no terceiro trimestre de 2027, dentro do intervalo de tolerância, mas ainda acima do centro da meta.

Outro ponto de preocupação do BC é a desancoragem das expectativas de mercado, com as projeções de inflação se afastando da meta de longo prazo. Segundo o relatório, a probabilidade de que a inflação ultrapasse o teto da meta ao final de 2025 subiu para 70%, ante 50% na estimativa anterior.

Para 2026, a chance é de 28%, um leve aumento em relação aos 26% projetados anteriormente.

Impactos na política monetária

Diante desse cenário, o Banco Central reforçou que o caminho para convergência da inflação à meta continua desafiador. A autarquia reiterou a mensagem da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), indicando que a próxima redução da taxa Selic deverá ter um ritmo menor do que 1 ponto percentual, caso as condições atuais se confirmem.

A sinalização de um corte mais contido nos juros ocorre em meio a um aumento recente dos índices de preços. Contudo, o que reforça a necessidade de prudência na condução da política monetária.

O próximo encontro do Copom, em maio, será decisivo para definir o ritmo de ajustes na taxa básica de juros e suas implicações para a economia.

Com um crescimento mais fraco e inflação persistente, o Brasil enfrenta um cenário desafiador para 2025. Dessa forma, exigindo cautela por parte do governo, do mercado e dos investidores na condução da política econômica.

Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ
Sair da versão mobile