Nesta quinta-feira (29), o presidente Vladimir Putin advertiu os países ocidentais sobre o risco iminente de desencadear uma guerra nuclear caso enviem tropas para combater na Ucrânia. Putin afirmou que Moscou possui capacidades para atacar alvos no Ocidente. A guerra na Ucrânia resultou na mais grave crise nas relações entre Moscou e o Ocidente desde a crise dos mísseis cubanos em 1962.
O alerta nuclear de Putin foi provocado por uma proposta, lançada pelo presidente francês Emmanuel Macron na segunda-feira, de enviar tropas terrestres europeias da Otan para a Ucrânia. Essa sugestão foi prontamente rejeitada pelos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e outros países. Putin afirmou que as forças nucleares estratégicas estão em total prontidão, destacando que as armas nucleares hipersônicas de nova geração, mencionadas pela primeira vez em 2018, estão implantadas ou concluindo a fase de desenvolvimento e testes.
“(As nações ocidentais) devem entender que também temos armas que podem atingir alvos no seu território. Tudo isto realmente ameaça um conflito com o uso de armas nucleares e a destruição da civilização. Será que eles não percebem isso?” disse Putin.
Putin menciona as tentativas fracassadas de Hitler e Napoleão ao tentarem invadir a Rússia
Putin fez uma analogia histórica, sugerindo que os políticos ocidentais recordem o destino de figuras como Adolf Hitler da Alemanha nazista e Napoleão Bonaparte da França, que, no passado, invadiram a Rússia sem sucesso.
Embora Putin já tenha mencionado anteriormente os perigos de um confronto direto entre a Otan e a Rússia, seu alerta nuclear nesta quinta-feira (29) foi particularmente explícito. Em sua comunicação aos legisladores e outros membros da elite russa, Putin reiterou a acusação de que o Ocidente busca enfraquecer a Rússia. Ele sugeriu que os líderes ocidentais não compreendem totalmente a periculosidade de sua intervenção no que ele considera assuntos internos russos.
Putin elogia Biden e diz preferir atual presidente americano
Presidente russo, Vladimir Putin, expressa preferência por Joe Biden em entrevista, elogiando sua previsibilidade e experiência política.
Em entrevista, o presidente russo Vladimir Putin revela preferir Joe Biden a Donald Trump, elogiando a previsibilidade e experiência política do atual líder dos EUA. Putin ressalta que trabalhará com qualquer presidente eleito pelo povo americano. As falas do presidente russo, vieram após as preocupações sobre a capacidade de memória do presidente dos Estados Unidos ganharam destaque após a divulgação de um relatório de um conselheiro especial.
Putin elogia Biden como mais previsível e experiente, destacando cooperação futura com os EUA
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou sua preferência pela reeleição do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em relação a uma possível volta de Donald Trump ao poder. Em uma entrevista concedida a uma rede de televisão russa, Putin descreveu Biden como um político “mais experiente e previsível”, caracterizando-o como um representante da “velha escola” política.
Putin enfatizou, no entanto, que a Rússia está disposta a trabalhar com qualquer líder eleito pelo povo americano, destacando a importância da cooperação entre os dois países, independentemente do resultado das eleições nos Estados Unidos.
Essas declarações surgem em meio a recentes tensões entre os EUA e a Rússia, com trocas de críticas entre Biden e Trump sobre política externa, especialmente em relação à postura em relação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à situação na Ucrânia.
Putin também abordou a interpretação distorcida de suas declarações sobre a invasão da Ucrânia, reiterando que a Rússia agiu devido à recusa de Kiev em implementar os acordos de Minsk e expressando preocupações sobre uma possível adesão da Ucrânia à OTAN, que seria vista como uma ameaça à segurança russa.
Além disso, Putin comentou sobre a idade de Biden, rebatendo especulações sobre sua capacidade de governar devido à sua idade avançada. O presidente russo afirmou que não notou nenhum sinal de incapacidade durante seu último encontro pessoal com Biden, minimizando preocupações sobre sua saúde e ressaltando a importância das abordagens políticas em relação aos Estados Unidos.
Casa Branca defende Biden após relatório apontar ‘limitações significativas’ em sua memória
As falas do presidente russo, vieram após as preocupações sobre a capacidade de memória do presidente dos Estados Unidos ganharam destaque após a divulgação de um relatório de um conselheiro especial. O documento, que investigava a posse de documentos confidenciais por Biden, descreveu sua memória como “turva”, “confusa” e com “limitações significativas”.
Detalhes reveladores no relatório incluem a incapacidade de Biden em recordar marcos importantes de sua própria vida, como o término e início de seu mandato como vice-presidente, assim como a data do falecimento de seu filho Beau. Essas falhas foram evidenciadas durante entrevistas conduzidas como parte da investigação.
A Casa Branca, no entanto, refutou as alegações feitas no relatório, destacando que a dificuldade de Biden em recordar eventos antigos não é incomum, especialmente considerando a natureza complexa de suas funções e responsabilidades passadas. Argumenta-se que a falta de memória em relação a detalhes específicos, como datas precisas de eventos passados, não compromete sua capacidade de liderança ou governança atual.
Essas questões levantam debates sobre a saúde mental e a capacidade de liderança de Biden, especialmente em um momento em que os EUA enfrentam uma série de desafios domésticos e internacionais. Enquanto alguns questionam sua aptidão para o cargo, outros argumentam que suas políticas e ações devem ser avaliadas separadamente de sua memória de eventos passados.