Sondagem da Quaest com fundos de investimento em SP e RJ indica queda na avaliação do governo Lula por parte dos operadores do Mercado Financeiro.
Gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro conduziram 101 entrevistas online. Destes, 64% avaliaram o governo de forma negativa, 30% de forma regular e apenas 6% de forma positiva. Essa constatação reflete, portanto, a pior avaliação do Palácio do Planalto nos últimos três levantamentos realizados em julho, setembro e novembro de 2023.
O intervencionismo na economia é considerado o principal risco do governo Lula. Consequentemente, pelo estouro da meta fiscal e, ainda, pela queda na popularidade do presidente.
Haddad
Por outro lado, os executivos observam que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está ganhando cada vez mais influência, em comparação à 2023.
Isso, contudo, reflete o crescente apoio do mercado por ele e as expectativas econômicas, englobando o crescimento do PIB.
Haddad teve 7 pontos percentuais acima do resultado de novembro (43%), 12% enxergam o trabalho do ministro como negativo e outros 38%, como regular.
Para 51% dos agentes, Fernando está “mais forte do que no começo do mandato”; 35%, o veem igual; e os outros 14%, como “menos forte” em relação ao começo.
Política Econômica
Além disso, a pesquisa também indicou como os agentes entrevistados enxergam a expectativa do desempenho da economia, do Produto Interno Bruto (PIB), da inflação, do déficit público e da taxação de juros.
Os números: 47% acham que ficará a mesma coisa; 32% acham que pode piorar; entretanto, 21% acredita que há melhoria.
O Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar ainda nesta quarta-feira (20) o novo patamar dos juros.