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Taxa de desemprego no país alcança 7,9% em terceira alta

O número divulgado pelo IBGE para o trimestre encerrado em março, apesar de uma terceira alta consecutiva, ficou abaixo das projeções.

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  • IBGE relatou que o número de trabalhadores domésticos diminuiu em 2,3% no trimestre (queda de 141 mil pessoas)
  • O rendimento real habitual de todos os trabalhos, que foi de R$ 3.123, aumentou 1,5% no trimestre e 4,0% no ano
  • A taxa de informalidade, portanto, entre os ocupados foi de 38,9%, representando 38,9 milhões de trabalhadores informais, comparado com trimestres anteriores.

O IBGE relata que o número de trabalhadores domésticos diminuiu em 2,3% no trimestre (uma queda de 141 mil pessoas). E aumentou em 3,5% no ano (um aumento de 198 mil pessoas). O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) e empregadores (4,1 milhões) permaneceu estável em ambas as comparações. A taxa de informalidade entre os ocupados foi de 38,9%, correspondendo a 38,9 milhões de trabalhadores informais, em comparação com trimestres anteriores.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos, que foi de R$ 3.123, aumentou 1,5% no trimestre e 4,0% no ano. A massa de rendimento real habitual atingiu R$ 308,3 bilhões, um recorde desde 2012, com aumento de 6,6% (mais R$ 19,2 bilhões) em relação ao ano anterior.

Taxa de desemprego recua em oito unidades da Federação

A taxa de desocupação, contudo, caiu em oito das 27 unidades da Federação no segundo trimestre deste ano, destacando-se quedas significativas no Distrito Federal e no Rio Grande do Norte. Além disso, houve recuos em São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Pará e Mato Grosso. As outras 19 unidades da Federação mantiveram suas taxas de desocupação estáveis. A média nacional, no entanto, recuou de 8,8% para 8% do primeiro para o segundo trimestre.

A taxa de desocupação, ou desemprego, indica a proporção de pessoas desempregadas em relação à força de trabalho (desempregados e empregados).

“A queda na taxa de desocupação nesse trimestre pode caracterizar também um padrão sazonal. Após o crescimento do primeiro trimestre, em certa medida pela busca de trabalho por aqueles dispensados no início do ano, no segundo trimestre essa procura tende a diminuir”, afirma a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy. 

As maiores taxas de desocupação foram em Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%) e Amapá (12,4%), enquanto as menores foram em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3%) e Santa Catarina (3,5%). Comparando as cinco regiões, a taxa de desocupação recuou em quatro delas e manteve-se estável no Sul.

Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a taxa de desocupação reduziu em 17 unidades da Federação, especialmente em Rondônia, de 5,8% para 2,4%.

Os resultados da pesquisa do Datafolha, divulgados na segunda-feira (25), mostram que 41% dos brasileiros acreditam que a economia piorou nos últimos meses, enquanto 28% perceberam melhora. No estudo anterior, em Dezembro, 35% estavam pessimistas e 33% otimistas, configurando um empate técnico. Esta é a primeira vez que o pessimismo supera o otimismo.

O Datafolha também questionou sobre as perspectivas futuras, revelando que a expectativa de melhora dos brasileiros para os próximos meses diminuiu de 47% para 39% desde Dezembro, embora ainda esteja acima da expectativa de piora, que subiu de 22% para 27%.

Para os brasileiros, os aspectos específicos da economia, em especial inflação e desemprego, não teve melhora alguma e eles seguem pessimistas. Exatos 60% esperam piora na inflação e quanto ao desemprego, a previsão de alta, portanto, foi de 39% para 46%.

Os demais dados serão atualizados de acordo com informações do IBGE.

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