
A Tether, a empresa por trás da famosa stablecoin USDT, causou um terremoto no mercado financeiro. Um relatório de auditoria interna, divulgado parcialmente pelo CEO Paolo Ardoino, revelou que a Tether se tornou a sétima maior compradora de títulos do governo dos EUA. A empresa agora está à frente de países inteiros, incluindo o Brasil, que ocupa a 19ª posição no ranking.
A revelação surpreendente mostra que a Tether busca comprovar a solidez de suas reservas, demonstrando possuir um lastro comparável ao de grandes potências mundiais.
Quem São os Maiores Compradores de Títulos dos EUA?
A imagem divulgada pela Tether mostra a lista dos maiores compradores de títulos da dívida dos EUA em 2024:
- Ilhas Cayman
- França
- Luxemburgo
- Bélgica
- Cingapura
- Reino Unido
- Tether
- Canadá
- Taiwan
- México
A lista continua com Noruega (11º), Hong Kong, Coreia do Sul, Alemanha, Arábia Saudita (15º), Suíça (16º), Índia, Irlanda, Brasil (19º) e Japão (20º). A China aparece logo abaixo, na 21ª posição.
Muitos países compram títulos do Tesouro dos EUA (treasuries) como parte da gestão de suas reservas cambiais. Esses títulos são considerados ativos seguros e altamente líquidos, podendo ser facilmente convertidos em dólares ou outras moedas quando necessário.
As reservas cambiais podem ser usadas para:
- Equilibrar a economia do país
- Pagar dívidas externas
- Intervir no mercado cambial
Tether e o Lastro do USDT: O Que Isso Significa?
Quando uma empresa que emite stablecoins, como a Tether, investe em treasuries dos EUA, ela está aplicando seus recursos em um ativo considerado de baixo risco e alta liquidez. Os treasuries são emitidos pelo governo dos EUA e são amplamente vistos como um dos investimentos mais seguros do mundo, devido à estabilidade e confiança que o governo americano representa.
Investir em treasuries é uma estratégia financeira prudente para uma empresa emissora de stablecoins, pois proporciona:
- Segurança
- Estabilidade
- Rentabilidade
A Tether tem sido alvo de questionamentos sobre o lastro de suas operações nos últimos anos. A nova divulgação do relatório de auditoria interna aponta para um esforço da empresa em reforçar a confiança do mercado, demonstrando que possui reservas sólidas e investe em ativos seguros.