No primeiro semestre, as vendas líquidas alcançaram R$ 622,2 milhões, marcando um crescimento de 7,7% em comparação ao mesmo período de 2023.
Na terça-feira (16), a Trisul (TRIS3) divulgou sua prévia operacional, reportando vendas líquidas de R$ 315,4 milhões no 2T24, um aumento de 4,7% comparado ao mesmo trimestre do ano passado.
Segundo a prévia operacional, no primeiro semestre, as vendas líquidas alcançaram R$ 622,2 milhões, marcando um crescimento de 7,7% em comparação ao mesmo período de 2023. Já as vendas brutas totalizaram R$ 335,7 milhões no 2T24, representando um aumento de 2,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, as vendas brutas somaram R$ 663,8 milhões, um crescimento de 6,2% em relação ao ano anterior.
O Landbank (banco de terrenos) total, ao final de junho, somava R$ 5,6 bilhões.
Follow-ons de Incorpadoras irão “sumir” do mercado? Confira o que diz o CEO da Trisul
As incorporadoras no Brasil estão se destacando no reaquecimento do mercado de follow-ons na B3, especialmente aquelas que atuam no segmento de baixa renda. Nos últimos dois meses, três importantes empresas do setor, MRV, Direcional Engenharia e Tenda, decidiram testar o apetite dos investidores em ofertas públicas de ações.
Um cenário mais otimista, impulsionado por fatores como o início do ciclo de redução da taxa básica de juros e a expansão do programa Minha Casa Minha Vida, tem contribuído para o sucesso dessas ofertas e a valorização das ações no setor imobiliário. Essa tendência mostra como as empresas estão capitalizando oportunidades em meio às mudanças econômicas e políticas do país.
A MRV, Direcional Engenharia e Tenda, que tradicionalmente focaram em empreendimentos de baixa renda, estão se beneficiando da crescente demanda por habitação nesse segmento. O programa Minha Casa Minha Vida, que aumentou o limite de financiamento para R$ 350 mil, permitiu que essas empresas ampliassem seus terrenos elegíveis, tornando seus negócios ainda mais atraentes.
Mesmo a Trisul, mais conhecida por atuar no mercado de média/alta renda, também está otimista em relação ao seu desempenho. Cerca de 25% do seu landbank foi enquadrado no programa federal, e suas ações tiveram uma valorização notável de 65,1% em 2023. No entanto, a empresa não parece seguir exatamente a mesma trajetória de suas concorrentes.
Jorge Cury, cofundador e CEO da Trisul, destaca que as empresas do segmento médio/alto, como Trisul, EZTec, Mitre e Even, ainda estão subvalorizadas em comparação com aquelas focadas no segmento econômico. Enquanto as empresas do segmento econômico estão sendo negociadas a múltiplos mais elevados, as empresas do segmento médio/alto estão com preços mais baixos em relação ao valor patrimonial.
Quanto à possibilidade de um follow-on, Jorge Cury ressalta que a empresa não tomará essa decisão de forma precipitada. A Trisul está sendo procurada por bancos, mas enfatiza que qualquer movimento deve ser feito por conveniência e a um preço justo para a empresa e seus acionistas.
A Trisul está confiante em suas perspectivas de crescimento e, recentemente, divulgou um guidance para os próximos 18 meses. A empresa planeja lançar de R$ 1,8 bilhão a R$ 2,2 bilhões em empreendimentos e alcançar vendas brutas na mesma faixa durante esse período. Essas projeções representam aumentos significativos em relação aos 18 meses anteriores.
Fernando Salomão, CFO da Trisul, destaca que a empresa já está observando sinais positivos de recuperação do mercado, com um forte desempenho de vendas no primeiro semestre de 2023, quase equivalente ao total de vendas de 2022.
A empresa também planeja expandir suas operações no segmento do Minha Casa Minha Vida, aproveitando as mudanças nas condições do programa, como o aumento do teto de financiamento. Jorge Cury enfatiza que o juro mais baixo na faixa 3 do programa torna o investimento mais atrativo.
No entanto, a Trisul mantém seu foco no mercado médio/alto e planeja retomar empreendimentos nesse segmento a partir de 2025, quando se espera uma recuperação do poder de compra da classe média.