
- Foco em reciprocidade: Tarifas mirarão países com tarifas contra os EUA e déficits comerciais
- Exceções estratégicas: Aliados sem taxas sobre produtos americanos podem escapar
- Efeito dominó: Retaliações e volatilidade nos mercados são inevitáveis
O governo Trump ajustou sua proposta inicial de tarifas globais e agora prepara medidas mais direcionadas, focadas em países com os quais os EUA têm déficits comerciais. Autoridades confirmaram que o anúncio oficial ocorrerá em 2 de abril, data batizada por Trump de “Dia da Liberação”.
Diferentemente do plano original — que previa taxas universais —, a nova versão excluirá nações sem tarifas sobre produtos americanos e parceiros com superávit comercial favorável aos EUA.
A mudança alivia temores de uma guerra comercial generalizada, mas mantém pressão sobre aliados como União Europeia, México e China.
“Queremos reciprocidade, não punição cega”, disse uma fonte próxima à Casa Branca.
Impacto imediato
Trump exige que as tarifas entrem em vigor “instantaneamente”, segundo assessores, buscando efeito rápido na economia.
O presidente promete arrecadar “dezenas de bilhões” de dólares no curto prazo, com potencial para “trilhões” em uma década. No entanto, as retaliações são inevitáveis: as tarifas iniciais contra China, Canadá e México já abalaram mercados e irritaram parceiros.
A própria equipe de Trump admitiu publicamente que algumas tarifas existentes (como as do aço) não serão cumulativas, reduzindo danos setoriais. Mesmo assim, o secretário de Comércio alertou:
“Nenhum país aceitará isso sem reagir”.
Novas reações e incertezas
Os mercados reagiram com nervosismo às primeiras notícias, mas a versão mais moderada trouxe alívio parcial. Ações de empresas dependentes de importações subiram após o anúncio dos ajustes. Porém, analistas destacam que a incerteza persiste — principalmente porque Trump pode mudar de ideia até o anúncio final.
O plano já representa um recuo tático em relação à proposta inicial de taxação global, mas ainda é mais agressivo que as medidas do primeiro mandato.
“Isso testará o limite da paciência dos investidores”, disse um economista da Bloomberg.
Cenário em aberto
Enquanto Trump celebra o “Dia da Liberação” como uma vitória, líderes globais se preparam para respostas. A União Europeia e a China já sinalizaram contramedidas, e o Congresso americano debate limites ao poder tarifário do presidente. Uma coisa é certa: abril começará com turbulência econômica.