- Oscilações nos índices refletem incertezas sobre tarifas entre EUA, China e União Europeia.
- Iniciativa busca aliviar disputas comerciais e promover comércio equilibrado com os EUA.
- Escalada na guerra comercial aumenta temores de recessão global e impacta mercados.
Os mercados financeiros globais registraram alta volatilidade nesta segunda-feira (7), refletindo as recentes tensões comerciais entre Estados Unidos, China e União Europeia. O índice S&P 500 iniciou o pregão com queda de 4,5%, reverteu para alta de 3% e, posteriormente, operou levemente no negativo.
Essas oscilações ocorreram em meio à proposta da União Europeia de eliminar tarifas sobre bens industriais nas negociações com os EUA e às ameaças do presidente Donald Trump de impor tarifas adicionais à China.
Além disso, rumores sobre uma possível suspensão temporária das tarifas americanas foram oficialmente desmentidos pela Casa Branca.
Abertura turbulenta dos mercados
A Bolsa de Valores de Nova York abriu em forte queda nesta segunda-feira, com o Dow Jones recuando 2,85%, o Nasdaq caindo 3,91% e o S&P 500 perdendo 3,24%.
Essa reação inicial dos investidores deve-se à postura inflexível do presidente Donald Trump em relação às tarifas aplicadas a parceiros comerciais.
No decorrer do dia, os índices reverteram parte das perdas, com o S&P 500 chegando a subir 3%.
No entanto, a volatilidade persistiu, e o índice voltou a operar levemente no negativo, refletindo a incerteza dos investidores diante das notícias conflitantes sobre as relações comerciais internacionais.
Proposta da União Europeia para zerar tarifas
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a União Europeia está disposta a negociar com os Estados Unidos a eliminação mútua de tarifas sobre produtos industriais.
“A Europa está pronta para negociar com os EUA. Oferecemos tarifas zero por zero para produtos industriais”, afirmou von der Leyen.
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Nesse sentido, a iniciativa busca aliviar as recentes disputas comerciais e promover um ambiente de comércio mais equilibrado entre os blocos. A proposta surge após os EUA imporem tarifas adicionais de 20% sobre produtos europeus na semana anterior, medida que afetou significativamente as exportações da UE.
Ameaças de novas tarifas entre EUA e China
Trump ameaçou impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses caso Pequim não retire, em 24 horas, as tarifas de 34% aplicadas a produtos americanos.
Em sua rede social Truth Social, Trump declarou: “Se a China não retirar seu aumento de 34% até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão tarifas adicionais de 50% a partir de 9 de abril”.
Portanto, essa escalada nas ameaças tarifárias intensifica a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, aumentando os temores de uma recessão global e impactando negativamente os mercados financeiros.
Desmentido de rumores sobre suspensão de tarifas
Circularam rumores de que o governo dos EUA estaria considerando uma suspensão temporária de 90 dias nas tarifas impostas a parceiros comerciais. Contudo, a Casa Branca desmentiu oficialmente essa informação, classificando-a como “fake news“.
Além disso, a secretária de imprensa Karoline Leavitt afirmou que a administração Trump mantém sua postura firme em relação às políticas tarifárias.
Desse modo, o desmentido reforça a posição inflexível do governo americano nas negociações comerciais, aumentando as incertezas nos mercados financeiros.
Reações e impactos no mercado
As declarações de Trump e as respostas de seus parceiros comerciais geraram reações mistas nos mercados financeiros. A volatilidade observada nas bolsas reflete a preocupação dos investidores com o potencial impacto dessas disputas sobre o crescimento econômico global.
Além disso, analistas alertam que a continuidade dessas tensões pode levar a uma desaceleração econômica, afetando cadeias de suprimentos e aumentando custos para consumidores e empresas.
Em suma, a proposta da UE de eliminar tarifas é vista como uma tentativa de mitigar esses efeitos e buscar soluções diplomáticas para os impasses.
