Donald Trump, atual presidente dos EUA que antes criticava o Bitcoin, agora está mergulhando de cabeça no mundo das criptomoedas. E a bomba da vez é: rumores indicam que a família Trump está negociando secretamente com a Binance, a maior exchange de criptoativos do mundo!
As conversas, que ainda estão em fase inicial, envolvem a possibilidade de a Binance desenvolver uma stablecoin (uma criptomoeda lastreada em dólar) em parceria com a World Liberty, uma empresa que Trump e seus filhos começaram a promover. Além disso, a família Trump teria conversado com a Binance sobre assumir uma participação na Binance.US, o braço americano da exchange.
Changpeng Zhao (CZ), o fundador da Binance, negou em uma postagem no X (antigo Twitter) que tenha discutido um acordo sobre a Binance.US com qualquer pessoa.
CZ: de condenado a possível parceiro de Trump?
A história fica ainda mais interessante quando lembramos que Changpeng Zhao (CZ), o fundador da Binance, se declarou culpado em 2023 por falhas nos controles antilavagem de dinheiro da exchange. Ele chegou a cumprir pena em uma casa de recuperação, mas agora está livre.
Segundo o Wall Street Journal, CZ estaria pressionando o governo Trump a lhe conceder um perdão. E adivinha? Três meses após deixar a prisão, CZ se encontrou com Steve Witkoff, um dos cofundadores da World Liberty e enviado de Trump para o Oriente Médio, em uma conferência sobre Bitcoin em Abu Dhabi.
O que eles conversaram? Ninguém sabe ao certo. Mas, desde então, as empresas de criptomoedas que eles fundaram têm mantido contato, segundo fontes próximas ao assunto.
Conflito de interesses à vista?
Fazer negócios com a Binance poderia representar um grande passo de Trump no mundo das criptomoedas, mas também um potencial conflito de interesses. Afinal, o governo Trump está redefinindo as regras que podem afetar a Binance e seus concorrentes.
Sob o governo Trump, a SEC (a CVM americana) colocou em modo de espera o processo contra a Binance e CZ, que acusa a empresa de permitir irregularmente que clientes americanos usassem a plataforma, entre outras coisas.
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A Binance lança o "Vote to Delist", permitindo que usuários votem na remoção de tokens de alto risco. A votação ocorre de 21 a 27 de março de 2025, mas a decisão final ainda é da Binance.
A mudança de postura de Trump em relação às criptomoedas é notável. Em 2021, ele chamava o Bitcoin de “golpe”. Mas, durante sua campanha presidencial, ele mudou completamente o discurso, prometendo fazer dos EUA a “capital cripto do planeta”.
Além de reduzir a regulação, o governo Trump está propondo impulsionar as criptomoedas fazendo com que o governo possua uma reserva de Bitcoin e outras criptos.
World Liberty: a criptomoeda da família Trump
A World Liberty, empresa promovida por Trump e seus filhos, diz estar desenvolvendo uma plataforma para negociar criptomoedas. “Estamos abraçando o futuro com criptomoedas e deixando os grandes bancos lentos e desatualizados para trás”, disse Trump em um vídeo.
A empresa já vendeu US$ 300 milhões em seus próprios tokens, mas os compradores ainda não podem revendê-los. Os Trumps recebem 75% da receita líquida da empresa, incluindo os lucros das vendas de tokens.
A World Liberty tem planos de lançar uma stablecoin, e é aí que a Binance pode entrar. As stablecoins são a parte mais lucrativa da indústria de criptomoedas. A Tether, emissora da stablecoin mais popular do mundo, lucrou US$ 13 bilhões no ano passado.
A Binance, que responde por mais da metade de todas as negociações de criptomoedas, é um dos maiores mercados para stablecoins. Uma parceria com a World Liberty poderia ser muito vantajosa para a exchange.
Promessas e polêmicas: o que esperar do futuro?
Em março, Trump prometeu apoiar os esforços do Congresso para “fornecer certeza regulatória para stablecoins lastreadas em dólares”. Mas a relação da família Trump com empresas estrangeiras, como a Binance, pode gerar questionamentos sobre conflitos de interesse.
A Binance, por sua vez, ainda enfrenta problemas regulatórios em vários países. A empresa diz que agora tem melhores controles, mas continua sendo investigada em lugares como França e Nigéria.
